Em todo o caso, não são variedades que estejam na moda no Douro. O Arinto é, ainda assim, a mais popular das duas, porque se trata de uma casta com história na região, onde é autorizada para a produção de vinhos com denominação de origem controlada. Mas em relação ao Alvarinho, talvez a melhor casta branca nacional, persiste um certo estigma que tem retardado a sua expansão.
A variedade é considerada claramente estranha ao Douro, embora, em comparação com o Sauvignon, a Viognier ou o Verdejo (originário de Espanha, mas cada vez mais plantado pelos produtores durienses, muitos deles convencidos de que estão a plantar Verdelho da Madeira), tenha a vantagem de ser portuguesa e originária de uma região vizinha, o Minho. Na Real Companhia Velha não existe esse estigma e a empresa possui no Douro uma das maiores vinhas de Alvarinho do país, com cerca de 20 hectares.
