As meias garrafas, por se transformarem mais rapidamente, proporcionam evoluções mais pronunciadas e apressadas que as garrafas clássicas. Pelo contrário, as garrafas magnum evoluem de forma mais serena, mais estável e tranquila, garantindo maior longevidade ao vinho. Embora a ciência ainda não consiga explicar todos os fenómenos que condicionam o envelhecimento do vinho, a explicação mais habitual assenta no princípio intuitivo de que em garrafas com gargalos e rolhas iguais, mas massas substancialmente diferentes, os formatos grandes garantem uma proporção entre vinho e oxigénio mais favorável, facultando uma evolução mais cuidada, enquanto a pior relação nos formatos pequenos força a uma evolução mais rápida e acidentada.
Percebe-se que as meias garrafas serão um volume ideal para um consumo a médio ou curto prazo, do mesmo modo que as garrafas magnum se apresentam como o tamanho ideal para os vinhos que se pretendem de guarda mais prolongada. Formatos de garrafa superiores, apesar de potencialmente excelentes, mostram-se demasiado caros e pouco práticos, apresentando volumes excessivos para poderem ser consumidos numa só ocasião. As meias garrafas são especialmente úteis para os generosos e vinhos doces, vinhos que de tão ricos, espessos e intensos, devem ser bebidos em quantidades reduzidas. As meias garrafas são ainda uma forma prática e económica de poder experimentar um vinho desconhecido, comprando primeiro uma meia garrafa, provando o vinho e, caso este agrade, optando por comprar garrafas em dimensões normais ou magnum.
Infelizmente, e apesar das vantagens de cada volume, é cada vez mais difícil encontrar garrafas nestes formatos. Muitos produtores procuram afastar-se tanto quanto possível dos formatos não convencionais face aos custos adicionais e à baixa procura que suscitam. Está na sua mão inverter esta tendência.