Fugas - vinhos

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Carlos Dias e os vinhos e azeites Proudly Produced in Portugal

A degustação mostrou mais uma vez que, apesar do início algo errático da Idealdrinks, sobretudo ao nível da promoção, a empresa possui já uma série de produtos de grande valia. A qualidade dos destilados e do azeite (ver também texto em prova de azeite) deixou toda a gente impressionada e os vinhos, embora de forma desigual, são uma coisa séria, bem como o design das garrafas e das embalagens, de estética moderna e apelativa e cujo grande criativo é o próprio Carlos Dias (nos anos que passou em Itália, desenhou móveis e também peças de vestuário para estilistas famosos e imprimiu também uma marca muito pessoal nos relógios Roger Dubuis, apostando em modelos tecnicamente sofisticados e ao mesmo tempo vistosos e avantajados, contrariando o classicismo suíço).

Dos vinhos que se provaram (da Bairrada e do Minho apenas), é perceptível o carácter mais internacional dos brancos e tintos Colinas de São Lourenço. São vinhos de castas francesas, muito bem feitos e modernos mas com pouca ligação ao lugar. De todos, o que continua a sobressair é o fantástico Principal Rosé Tête de Cuvée, um rosado de Pinot Noir refinado e cheio de frescura.

Mas o que vale mesmo a pena conhecer são os vinhos de Loureiro e de Alvarinho produzidos no Paço de Palmeira e na Quinta da Pedra, respectivamente. São, desde logo, brancos de terroir que expressam o melhor do lugar e das respectivas castas.

Isso é bem notório no belíssimo Quinta da Pedra Alvarinho 2010, muito preciso e puro, com notas florais e cítricas muito delicadas e uma prova de boca fresquíssima e requintada. E ainda mais nos Royal Palmeira Loureiro Sur Lies Fines (2009 e 2010) e Eminência Loureiro Sur Lies Fines 2010, dois vinhos admiráveis que elevam a casta Loureiro a um patamar difícil de alcançar.

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