O Douro está na moda, internamente e internacionalmente, ocupando uma fatia muito grande parte do espaço mediático internacional atribuído a Portugal, monopolizando as atenções de jornalistas e críticos, obrigando muitos produtores exportadores a ter de ter uma presença assídua e perene na região para conseguir aproveitar e beneficiar dessa exposição mediática tão prolongada.
Porém, se esta súbita invasão de terrenos durienses por parte de produtores de todo o país pronuncia um sintoma de prosperidade futura, de tendência e sucesso comercial, então a região do Vinho Verde deve começar a preparar-se para rejubilar de alegria. Assiste-se hoje ao início de uma nova era em Portugal. Descobrimos o nascer de um movimento incipiente, mas seguro, em direcção ao extremo Norte de Portugal. Quem não estiver distraído já se terá apercebido que muitos dos novos e antigos produtores portugueses começaram a procurar quintas e informações sobre a região, incluindo na lista alguns dos produtores mais mediáticos do Douro e do Alentejo, indiciando que a denominação do Vinho Verde será a próxima grande coqueluche da viticultura nacional. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e, para além do Douro, a região do Vinho Verde terá um papel muito importante no futuro imediato dos vinhos portugueses.