Fugas - Viagens

Praia da Comporta

Praia da Comporta Marilyn Marques

Comporta e Carvalhal | Capelas balneares do "beautiful people"

Por Luís Maio

Depois do Aikiki e do Meco, a Comporta foi elevada a praia da moda (a sul do Tejo). É "fortuna" relativamente recente: ainda há meia dúzia de anos atrás, a ponta sul da Península de Tróia era um cenário rústico.

Ou melhor, um vasto areal enquadrado por dunas e pinheiros a perder de vista, banhado por águas frias mas tranquilas, com enchentes raras de fins-de-semana, protagonizadas por famílias de Setúbal ou Grândola. Depois vieram os espanhóis das Torres de Tróia, o que fez crescer mas pouco a colonização balnear, até que as torres vieram a baixo e os aldeamentos turísticos se instalaram.

A Comporta passou a ser outra capela balnear do "beautiful people", empreendendo uma transfiguração consentânea em termos de infra-estruturas. A vaga de requinte instantâneo trouxe, porém, um mar de gente e sobretudo de carros incompatíveis com o estatuto de Reserva Natural do Estuário do Sado. Foi assim que a Comporta se tornou famosa, mas também "in-comportável" nos picos da estação alta.

A tribo mais ou menos alternativa tende assim a ir a banhos mais para sul, para a praia do Carvalhal.

Como ir

A Comporta fica a uns 120 kms de Lisboa, percurso que demora cerca de hora e meia a percorrer. A maior parte pode fazer-se na IP1 com saída em Alcácer do Sal, para depois inflectir à direita para a N253. O desvio para a praia fica na primeira curva à esquerda, depois do Museu do Arroz. A alternativa é apanhar o ferry em Setúbal e seguir de Tróia para sul pela N253. Na estrada Comporta-Santiago do Cacém (N261) há um desvio para o Carvalhal, que fica cerca de quatro quilómetros mais à frente.

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