“Dar a conhecer o Gap Year e motivar as pessoas a fazê-lo”, ajudando a preparar com detalhe e a “aproveitar ao máximo as oportunidades que esta longa viagem gera” são os objectivos do workshop que se estreou no Museu do Oriente, em Lisboa.
Ao primeiro (18 de Janeiro), seguem-se mais duas sessões em Fevereiro (dia 1, entretanto esgotado, e dia 15) e outra em Março (dia 8). A dar as dicas estarão o formador Loïc Pedras em parceria com a namorada e companheira de viagem, Dina Cereja, autores da página Volta ao Mundo em 80 anos.
Além do Museu do Oriente, estão também agendadas sessões para a Escola de Hotelaria do Algarve (dia 8/02) e Universidade Lusófona (22/02).
Um ano sabático é uma prática frequente em países da Europa Central e do Norte, da América do Norte, Austrália e Nova Zelândia, como explicou o formador deste workshop e viajante Loïc Pedras, em declarações à Fugas. O Gap Year (que nem sempre dura um ano) é “um grande intervalo que cada vez mais pessoas tiram num momento de transição nas suas vidas, seja entre estudos, entre estudos e trabalho ou entre trabalhos”. Uma pausa que é aproveitada, muitas vezes, para se fazer uma longa viagem, muitas vezes tida como “a viagem da vida”.
O custo da inscrição é de 25€, sendo que o número máximo de participantes é de 20 pessoas (o número mínimo já foi atingido: dez participantes). E, como descreve Loïc, que já viaja “desde que estava no ventre da mãe”, muito mais que uma viagem, o Gap Year é uma oportunidade para se fazer voluntariado, aprender uma língua, tomar uma decisão difícil, experimentar coisas novas e, sobretudo, viver.
Para ajudar todos os interessados a “aproveitar ao máximo esta experiência”, Loïc espera, com o conhecimento que adquiriu durante as inúmeras viagens que já fez, explicar o que é um ano sabático, qual a importância desta pausa e quais os truques para organizar esta viagem da melhor e mais sustentável forma. Espera também, como nos referiu, desmistificar algumas ideias preconcebidas de que “viajar é caro” até porque “existem no mundo mais de 150 países onde o custo de vida é mais baixo que em Portugal”.
O local onde será realizado o workshop, como explica Loïc, “não poderia ter sido diferente”. O Museu do Oriente é, para si, “uma grande casa de cultura” que, para além de uma “extensa colecção”, mostra-se “dinâmico e aberto à sociedade civil”. O museu e Loïc colaboram desde 2011 na organização de um outro workshop – Viajar para quem trabalha. Equilibrar paixão e profissão. Esta colaboração, conta a responsável pelos cursos e conferências do Museu do Oriente, Isabel Saraiva, começou exactamente num workshop onde Loïc foi participante – uma oficina de viagens com Gonçalo Cadilhe – tendo proposto organizar ele próprio “um workshop de viagens para quem trabalha”.
Para além das viagens, dos melhores “negócios” para conseguir poupar nesta volta ao mundo que esperam desenvolver, Loïc e Dina são também especialistas em conciliar trabalho e a paixão de viajar. Pois é, não são viajantes de profissão, por mais que considerem que “viajar é uma das melhores maneiras de aproveitar o espaço, o mundo, o tempo, e a vida”. Loïc trabalhou no Comité Olímpico de Portugal e actualmente voltou a estudar; Dina é consultora de comunicação numa agência.