Fugas - dicas dos leitores

Paris monumental

Por Céu Mota

A Torre de Gustave Eiffel continua a impressionar desde 1889. Linda e irresistível: de perto e de longe, de baixo e desde o Sacré Coeur, com os pés assentes na terra mas também a partir do metro - aparece-nos de surpresa para logo depois se esconder(!) - ou baloiçando sobre o Sena.

O passeio de barco recomenda-se vivamente! Deslizam perante nós, os monumentos mais emblemáticos como o Palácio de Chaillot; a Conciergerie, a célebre prisão da Revolução Francesa; a Ponte Alexandre III, "a mais bela de Paris"; o Louvre, que também já foi o maior palácio real da Europa ou a Catedral de Notre-Dame.

Neste passeio, repare-se na Pont Neuf, a mais antiga de Paris (1607) que liga a Ile de la Cité às duas margens do Sena. Inspiração para artistas e escritores. Julio Cortázar refere-se a ela, mas prefere a Pont des Arts, a primeira ponte de ferro da cidade (1804), onde tantas vezes Oliveira avistou a silhueta esguia de Maga, "ora a andar de um lado para o outro, ora imóvel sobre o parapeito de ferro, debruçada sobre a água".

Mas Córtazar também alude a personagens reais em O Jogo do Mundo, como o compositor Erik Satie que viveu,  entre 1890 e 1898,  num minúsculo estúdio com três metros quadrados , que é hoje o museu mais pequenino do mundo.

Na rua Campagne-Première, nº 31 ( Montparnasse), fotografe o conjunto de outros estúdios de artistas como Picasso e Kandinsky!

Artistas e intelectuais fizeram esta cidade e deram fama a cafés e esplanadas. Experimente sentar-se no Café de Flore (St. Germain-des-Prés), onde Sartre e Simone de Beauvoir discutiram o existencialismo. Ali ao lado, a igreja mais velha de Paris, onde encontra o túmulo de Descartes. No jardinzinho contíguo, o busto de Apollinaire, uma homenagem de Picasso a seu amigo.

Em cada canto e esquina há uma história para contar. A História não se fez sem Paris e muitas histórias de amor não seriam tão belas se não a tivessem como cenário privilegiado.

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