Fugas - dicas dos leitores

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    Taj Mahal, Agra Manuel Pacheco
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Uma viagem à Índia

Por Manuel Pacheco

Depois de correr os quatro cantos do mundo, cumpri o sonho de ir à Índia.

Cheguei a Deli durante a noite. E comecei logo por maravilhar-me no percurso do aeroporto ao hotel, ao encontrar uma cidade agradavelmente verde e limpa. Logo à chegada ao hotel, pertença de uma cadeia indiana, entrei, de certa maneira, na Índia imaginada por mim, tais eram as cores e os cheiros. 

Enquanto o grupo com que viajei visitava a Velha Mesquita Jama Masjid, a segunda maior do mundo, decidi não entrar, para ficar a sentir a vida da cidade velha. E foi assim que tive a minha primeira experiência com o povo indiano. Foram só duas horas, mas surpreendentes, repletas de movimento e de uma azáfama de carregadores, motos, vacas, riquexós e, aliás, todo o tipo inimaginável de transportes. Tudo tão confuso mas, no fundo, tão harmónico.

No dia seguinte, viajámos de autocarro para Jaipur. E aqui tive o maior choque da minha vida de viajante. A pobreza, a imundície, a desordem, tanto nos assustam quanto entristecem. Depois de alguns quilómetros, a chegada ao hotel, este de uma grande cadeia internacional. Os hotéis de cinco estrelas na Índia não têm só cinco estrelas, mas uma constelação inteira.

Ao quarto dia, já mudámos de transporte: tempo para uma subida de elefante à antiga capital do Império Rajput - Amber. Durante a tarde, visita ao Palácio dos Ventos e ao mercado, cheio de cores e cheiros inebriantes. A Agra chegámos ao final do dia seguinte. Ocorreu precisamente na Hora do Planeta e encontrámos mesmo o hotel às escuras. De manhã, fomos transportados em caleche e visitámos o Taj Mahal. O deslumbramento foi total. É, definitivamente, o monumento mais fantástico do mundo, tal é a sua beleza e o lugar onde se encontra.

Nos últimos dias da viagem, foi tempo de voar para Goa via Bombaim. Ao desembarcar na cidade, senti como se regressasse a casa depois de muitos anos fora, numa total empatia com o lugar. Encontra-se a presença de Portugal por toda a parte. Em Goa visitei os mercados de Margão, Mapusa, com as especiarias já nossas conhecidas e outras que nunca havia cheirado.

Estes mercados são um bálsamo para a vista, para o olfacto, para todos os nossos sentidos. A paz, a calma, a harmonia que se sente no Estado de Goa é surpreendente. E não é difícil encontrar alguém que queira falar um pouco de português, pois há gente que há mais de 50 anos que não fala a língua.

A fusão cultural que existe em Goa é fascinante. E uma maneira maravilhosa de terminar a imersão na Índia. Depois de Goa, apenas tempo para voar até Bombaim e um passeio por esta cidade com mais de 16 milhões de habitantes. Será, curiosamente, a menos interessante das paragens. Mas ainda visitámos a casa onde viveu Mahatma Gandhi, que alberga um pequeno museu, e ainda tivemos algum tempo para visitar o Prince of Wales Museum.

Agora, só me resta esperar pelo regresso à Índia para continuar a descoberta.  

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