Acordados pelos cascos dos cavalos a bater na estrada, alternados com sonoros tubos de escape, fomos acolhidos pelo soalheiro e quente Verão de Neamt. De carro alugado, que infelizmente não era um Dacia dos antigos, rumámos ao Sul de Bucovina e aos seus mosteiros, que integram o Património Mundial da UNESCO.
Construídos com paredes fortes, como protecção contra as invasões turcas do século XVI, os mosteiros constituem umas das maiores belezas romenas, pelos seus revestimentos de frescos retratando cenas bíblicas. Perduraram na História como uma maneira de ensinar o cristianismo àqueles que ali se recolhiam em época de batalhas. Caracterizados pela famosa arte que tem resistido ao passar do tempo, as cores azul, vermelho, verde e amarelo predominam, respectivamente, nos mosteiros de Voronet, Humor, Sucevita e Moldovita.
Verde e amarela é também a paisagem circundante. Plantações de cerais, trigo e girassol levam-nos numa viagem fantástica pelo campo, onde só dá vontade é de sair do carro e rebolar encosta abaixo, que nem crianças felizes com a distância das cidades poluídas. Os automóveis são substituídos em grande número pelas carroças que transportam fardos e famílias, os habitantes levam a pastar vacas nas apertadas bermas da estrada. Toda a gente sorri a uma buzinadela e muitos não dizem que não a uma fotografia.
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Roménia, rebolamos pelo campo?
Nunca teríamos escolhido a Roménia como destino, não fosse o próprio destino a enviar-nos para cá. Como nós, devem pensar muitos turistas. E é por isso que a zona da Moldávia se conserva tão virgem.
