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  • Skansen, o museu ao ar livre na ilha Djurgården
    Skansen, o museu ao ar livre na ilha Djurgården

Estocolmo, a cidade das ilhas

Por Patrícia Caeiros

De Lisboa, apanhamos o Intercidades com paragem no Porto e embarcamos no avião que nos levaria a uma viagem sem precedentes. Estocolmo aparece como um aglomerado de ilhas, canais, pontes, torres históricas e ruas que despertam paixão à primeira vista.
Alojados na periferia, o metro revela-se como uma rede intrincada de linhas, que nos leva até ao centro. Descemos a rua com nome de rei antigo, Vasagatan, e sente-se a azáfama de uma cidade agitada, onde os restaurantes concorridos satisfazem a agitação de uma barriga esfomeada e onde a sede pela cultura é saciada pelas várias casas de espectáculo que por ali abundam.

O Parlamento surge como o primeiro destino para uma pequena visita exterior, na ilha Helgeandsholmen. Atravessamos a ponte para a ilha do lado, Stadsholmen, e encontramos o Palácio Real, residência oficial do monarca sueco. O bom gosto está impresso desde logo nos pátios e jardins, e a sua majestosidade prolonga-se para o interior do edifício.

Deixamos que os pés calcorreiem a cidade velha, Gamla Stan, vizinha do palácio, e as solas descobrem um bairro de becos medievais e ruas de pedra antiga. O olhar pousa na arquitectura de tijolos e deambula pelas casas de comerciantes envelhecidos, até se deter na praça grande, Stortorget. Deixamos que ele descanse numa das esplanadas que por ali avistamos, e pedimos um pequeno petisco doce: Chokladbollar, literalmente bolinhas de chocolate, mas feitas de café e envolvidas em lascas de coco. Uma delícia!

Os barcos permitem-nos saltitar entre as ilhas e é assim que chegamos a Södermalm. Junto do canal onde atracamos, ergue-se o famoso restaurante Gondolen, uma torre onde o turista pode deliciar os olhos com a vista magnífica que se estende no horizonte, sem ter que se sentar.

Guardamos tempo para conhecer Skansen, o museu ao ar livre na ilha Djurgården, que ainda inclui um jardim zoológico. Visitamos curiosamente a câmara municipal e as suas salas Azul e Dourada, reservadas para o banquete e baile do Prémio Nobel e ainda o Vasamuseet. Aqui, sabemos que o navio Vasa tem uma vida curtíssima, no início do século XVII, graças à mania das grandezas do rei. Vergonhosamente, o peso excessivo fê-lo naufragar junto ao porto, após os primeiros minutos de viagem. Uma última paragem nos 155 metros de altura da torre de tv Kaknästornet, encanta uns olhos já cansados, com uma vista sobre a cidade em tons de sol-pôr, e cumpre o fim de uma viagem a uma cidade fascinante.

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