Atravessar a cidade é perder-me por entre ruelas e ruínas, fontes e jardins, igrejas e palácios. Deambular por ruas feitas de casas cor-de-laranja, praças, becos, obeliscos, colunas. A cada esquina, a cada passo, há sempre uma história para contar.
Sento-me no café Greco a ler os Contos romanos do Alberto Morávia, olho pela janela a ver a gente que passa. Também aqui se sentaram Lord Byron, Stendhal e Goethe. Veriam a mesma gente a passar? O que é o tempo e o que somos nós nessa viagem?
A Piazza Navona fervilha de gente. Provo um tartufo e sinto La Dolce Vita correr mas quando ouço um Fiat buzinar e os sinos a tocar apresso-me a subir à Basílica para avistar, do alto, a cidade inteira. Já foi aqui a Cabeça do Mundo, 2700 anos de história, a perder de vista.
Sinto o perfume do amor no ar e desço à ponte para ver o entardecer alongar as sombras sobre o Tibre e ao entrar no Panteão... magia, a cidade enche-se de luz!