Fugas - dicas dos leitores

Sintra, sempre

Por M. Helena Calapez

Por muito que se escreva sobre Sintra, o manancial de romantismo impera em todos os lugares e é muito difícil escolher o que mais nos toca e nos faz esquecer tristezas.

Desta vez, um passeio ao parque e ao Chalet da Condessa d’Edla, integrado na Quinta da Pena, cujo palácio, lá do alto, parece absorver toda a paisagem.

Aqui, de mãos dadas, encontramos as mais variadas espécies de plantas trazidas de todo o mundo para povoarem os jardins da condessa e envolver o seu inimaginável chalet (estilo alpino), onde a graciosidade e singeleza contrastam com o trabalho e ornamentos exteriores em cortiça virgem. Um hino à natureza!

Abundam os fetos arbóreos, da Tailândia, as camélias, azáleas e os “rododendros”, exemplares trazidos da China, de tom lilás, como só num arco-íris se pode encontrar!

Construíram este paraíso o Rei (consorte) D. Fernando II, viúvo de D. Maria II, e a Condessa d’Edla, sua segunda esposa, Elise Hember (1836-1929).

Com um restauro primoroso ainda a prosseguir, vale a pena sonhar e fazer-lhe uma visita.

Subindo os montes, os sentidos apuram-se, o musgo atapeta o nosso chão, as árvores e as flores o nosso tecto. Tanta beleza só pode ter a mão de Deus.

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