Fugas - dicas dos leitores

Londinium

Por Nuno Lopes

A cidade de Londres que conhecemos é o resultado da constante regeneração cicatricial de Londinium, a sua origem romana, que ao longo do tempo e até aos nossos dias sofreu com invasões bárbaras, incêndios devastadores e bombardeamentos bélicos.

Longe do passado, o Tamisa vê hoje no reflexo da sua amada uma cidade cosmopolita, que pegou emprestado um pedacinho de cada canto do mundo, abraçou diversas culturas e etnias e se transformou numa entidade incontornável do turismo internacional sem nunca perder o seu charme britânico.

Caminhar pelas ruas da capital do Reino Unido é como contemplar as várias montras da Selfridges, em cada bairro encontramos uma personalidade própria e somos transportados a diferentes dimensões, desde Westminster, coroado pelo Big Ben e emoldurado pelas imensas fileiras de altos palácios citadinos que relembram a era vitoriana, a Notting Hill, com o espetacular mercado de antiguidades de Portobello Road, até ao East End, onde se apresentam as típicas casas suburbanas de tijolo vermelho decoradas com graffitis, restaurantes indianos e placas publicitárias.

Assim que conseguimos contar o troco em moedas estranhas com o valor pouco explícito, andar no famoso tube sem nos enganarmos no sentido, nos habituamos a olhar para o lado correcto da estrada (as inscrições na passadeira ajudam muito, obrigado Londres!) e nos apercebemos que precisamos de um adaptador para usar a corrente eléctrica, é impossível não nos apaixonarmos pelo ritmo fervoroso da capital britânica, pelo seu rigor monárquico, pela sua esplêndida arquitectura, pelo seu sotaque charmoso e sobretudo pela sua história avassaladora.

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