Fugas - dicas dos leitores

  • João Luis Caseiro Rodrigues
    João Luis Caseiro Rodrigues

As 5 coisas de que eu mais gosto no Huambo

Por João Luis Caseiro Rodrigues (texto e fotos)

João Luis Caseiro Rodrigues, natural do Lobito, engenheiro técnico civil, 53 anos, gestor de projectos na área da habitação.

1.
Clima

Planalto, frio durante a noite, quente durante o dia. Um clima que em 24 horas junta o que na Europa está dividido em estações com horário certo. Saudável. A combinação perfeita entre as mangas de camisa de dia e os cobertores de noite.
As duas estações típicas destas latitudes, aqui, demonstram a sua força. Seca e fria por oposição à outra, quente, húmida, de chuvas diluvianas e trovoadas de abanar com tudo, até com a nossa fé de que o céu nunca cairá.

2.
Leveza de ser

O que importa é viver o dia de hoje, intensamente. Amanhã será outro dia, há tempo, onde está a pressa? O ritmo combina com o clima, o gozo pelas coisas boas da vida é parte integrante do dia-a-dia, seja ele de descanso ou de trabalho. Uma vida sem prazo, eterna, não importa a idade, o que importa mesmo é que o Kizomba continue a marcar o compasso da vida e afaste as preocupações para bem longe, para onde ninguém as encontre.

3.
A Melhoria

Na cidade, no campo, o avanço nas infraestruturas, nos edifícios sociais e espaços públicos. Há uma cidade a ser renovada e a qualidade de vida dos cidadãos a melhorar. Esta cidade foi violentamente fustigada pela guerra, esses vestígios ainda hoje são visíveis, a lembrar a todos um passado que ninguém quer de volta, mas ao mesmo tempo a contrastar com o que de novo se fez. Quem te viu e quem te vê Huambo, a renascer das cinzas perante a admiração de todos, nacionais e estrangeiros.

4.
Os domingos

Nas esplanadas dos cafés, um convívio intercultural, interprofissional, ou simplesmente a ler um livro. Mais tarde, o encontro ao almoço com o mesmo objectivo, convívio. Não esquecendo que existem pratos nacionais a descobrir, calulu, a muamba ou o bem ajindungado churrasco.

5.
Solidariedade

Existe, nesta cidade, e muita. Muitas dessas acções já foram objecto de reportagens completas por cadeias de televisão estrangeiras. Passou a guerra, ficou o sentimento de entreajuda, mais forte que nunca, e mais saudável.

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