1.
A muralha
Declarada Património da Humanidade pela UNESCO, é a única muralha romana do mundo que se conserva na íntegra. Não é fantástico poder caminhar num monumento do século III a.C.? Apesar de não termos dado a volta completa (2,3 km), surpreendeu-nos por ser tão larga e por os seus habitantes usufruírem tanto dela, aí caminhando, fazendo jogging ou passeando simplesmente o cão. Afinal, como costumam dizer, a muralha é como se fosse mais uma calle da cidade, ou melhor, a calle más alta.
2.
O convívio ao anoitecer
Na maioria das cidades espanholas, ao fim do dia, as ruas dos centros históricos enchem-se de pessoas de todas as idades. A diferença é que em Lugo estavam 2º C. Não há frio que impeça os espanhóis de irem para a rua viver a vida. O principal ponto de encontro é a Rua Nova ou Calle de los Vinos, onde se concentra a maioria dos bares. Pedindo-se uma bebida, as tapas são normalmente gratuitas.
3.
Queixeria Praza do Campo
Enquanto passeávamos pelas ruas pedonais do centro histórico, descobrimos, muito perto da catedral, esta loja exclusivamente dedicada aos queijos artesanais. A decoração é moderna e minimalista, sendo o queijo o principal protagonista. Há-os de todo o mundo, mas são os espanhóis que se destacam, especialmente os da Galiza e das Astúrias. Claro que aproveitámos para comprar um San Simón da Costa, o queijo tradicional da região. O formato é parecido à tetilla, o mais famoso queijo galego, porém com um sabor ligeiramente fumado. Delicioso!
4.
A Virgem dos Olhos Grandes
É a padroeira da cidade. A sua imagem encontra-se numa capela barroca, a mais bonita da Catedral de Lugo, e é cativante. Talvez por isso haja sempre fiéis de olhos postos nela.
5.
As ruas pedonais
O centro histórico de Lugo, concentrado no interior das muralhas, é inteiramente pedonal, sendo muito agradável deambular, sem mapa, pelas suas ruas. Podem-se descobrir a Praça Maior, vestígios romanos, a porta de entrada dos peregrinos de Santiago na cidade, casas com arcadas e edifícios curiosos como o da loja de artesanato Triskel, de cujas janelas espreitam umas simpáticas meigas (bruxas). Há-as por toda a província, boas e más segundo dizem, formando parte íntima da tradição galega.