Fugas - dicas dos leitores

  • La Valletta
    La Valletta REUTERS/Darrin Zammit Lupi
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    La Valletta REUTERS/Darrin Zammit Lupi
  • Gozo, Dwejra Bay
    Gozo, Dwejra Bay REUTERS/Darrin Zammit Lupi
  • Mdina
    Mdina REUTERS/Darrin Zammit Lupi

A Malta e o Gozo

Por Alfredo Magalhães

Uma redescoberta de Malta.

Malta é um país da Europa, pertence à União Europeia e é um arquipélago mediterrâneo com três ilhas: Malta, Gozo e Comino. Muita gente sabe que existe quando há jogos de futebol de selecções ou quando o encontra referido em propostas de Verão nas agências de viagens. Mas o Verão é uma altura pouco recomendável para quem quer realmente conhecer Malta. Nesses meses os turistas representam metade da população e o calor é sufocante. As vindimas, por exemplo, são feitas em Julho e somente entre as cinco e as dez da manhã. Por outro lado, na época baixa os preços são muito atractivos.

Malta é conhecida pela Ordem Militar com o mesmo nome e que antes se chamava do Hospital. A ilha foi cedida à Ordem no início do século XVI pelo imperador Carlos V face à iminente tomada de Rodes pelos otomanos.

A capital La Valletta está rodeada por uma série de cidades densamente povoadas. O Norte da ilha de Malta é mais rural. Tirando as zonas turísticas da faixa litoral leste, as casas são feitas em estilo tradicional, de pedra amarelada e com varandas fechadas e pintadas de diversas cores. Tem muitas e lindas baías com as cores típicas das águas mediterrânicas, mas também penhascos cortados a pique sobre o mar, como em Dingli.

Além de robustas muralhas em La Valletta e nas cidades históricas, construídas para resistir ao assédio otomano no século XVI e XVII, os principais edifícios que merecem visita são o palácio do Grão-Mestre, agora presidencial, e algumas igrejas. Destas destaco a catedral de São João, um monumento barroco de uma riqueza, beleza e harmonia difíceis de descrever.

Há imensas referências a um grão-mestre português, Manoel de Vilhena: monumentos, o Teatro Manoel, portas de cidadelas e até uma ilhota, a ilha de Manoel, em frente a La Valletta.

A ilha de Gozo é menos populosa, mais rural e com paisagem mais diversificada. Tem uma igreja em Xewkjia, que disputa o lugar de terceira maior cúpula do mundo com a igreja de Mosta, em Malta. Mas o local mais visitado da ilha é Dwejra, com a famosa Janela Azul, uma formação rochosa que nos deixa fascinados com o mar e o céu, ambos de um azul vibrante em dias de sol.

A terceira ilha, Comino, que fica entre as duas, é normalmente desabitada, mas tem uma pequena baía interior com cores de um azul estonteante — é a lagoa Azul. Quem a visita jamais poderá esquecer as imagens que lhe ficam na retina.

De referir ainda que as ilhas têm diversos monumentos pré-históricos de enorme importância. O Hipogeu, em Paola, tem mais de 5500 anos e indicia técnicas de construção e hábitos que nos devem fazer repensar todas as ideias formadas sobre essas épocas remotas.

Malta tem história, monumentos, paisagens e o lindo mar Mediterrâneo em todo o seu esplendor.

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