Merece também uma visita o Monastério de San Juan de Los Reyes, uma verdadeira mistura de estilos arquitectónicos, mandada construir pelos Reis Católicos. Passámos ainda pela Sinagoga Santa Maria La Blanca. Naquela cidade, não vive um único judeu dos milhares que daí foram expulsos pelos Reis Católicos.
A catedral de Toledo merece uma visita não só pelas obras de Ticiano, Van Dyck e Goya no seu interior, mas pela beleza do templo no estilo gótico francês.
Vista de longe, a cidade é ainda mais bonita. Serpenteada pelo rio Tejo, que suavemente vai descendo até Lisboa. Voltamos a Madrid e tivemos a triste ideia de almoçar num restaurante que fica mesmo em frente ao Palácio Real. O restaurante Sabatini foi uma desilusão. Atendimento pouco cuidado, a roçar a má educação, a comida péssima. Seguiu-se a visita ao Palácio Real, que impressiona pela sua grandiosidade. A família real viveu aí até à abdicação de Alfonso XIII em 1931. Por sorte, nessa altura estava exposta uma colecção de pintura de retratos da família real onde se podiam ver obras de Goya, Rubens, Velásquez.
Mesmo ao lado fica a Catedral de Almudena, eleita pelo actual Rei, Filipe VI, e pela esposa Letízia para o seu casamento, em 2004.
O último dia em Madrid foi bem aproveitado. De manhã cedo, fomos ao Museu Rainha Sofia, onde nos esparavam as obras de Salvador Dalí, Miró, Picasso e Rivera. Ver o quadro Guernica ao vivo impressiona.
A viagem estava a chegar ao fim. Aproximava-se a hora do voo e o taxista não aparecia. Pouco tempo depois, ligou para o hotel dizendo que estava parado no trânsito — devido à apresentação do jogador do Atlético de Madrid, Fernando Torres, que regressava a casa, milhares de espanhóis correram ao estádio para o verem. Pediu-nos para ir ao seu encontro junto do Arco de Toledo. Carregámos a mala até lá e milagrosamente, no meio de centenas de carros, lá o descobrimos e seguimos para o aeroporto.