Fugas - dicas dos leitores

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A amável Polónia

Das visitas para fora de Varsóvia queremos realçar duas: Lublin e Gdansk. A primeira é uma cidade vibrante, não fora ela o principal pólo universitário da Polónia. O castelo renascentista e nele a Capela da Santíssima Trindade, com lindíssimos frescos ao estilo bizantino, são as principais atracções. Mas o símbolo da cidade, juntamente com o castelo, é a Porta de Cracóvia. Tem um enorme torreão de onde parte a principal e mais animada rua da cidade, dita Cidade Nova.

Mas a verdadeira pérola das cidades polacas é Gdansk. Pertence à Polónia desde 1945, foi fundada pelos Cavaleiros Teutónicos, que a fizeram prosperar e durante dois séculos pertenceu ao império da Prússia. Entre a Porta Verde e a Porta Dourada, das antigas muralhas segue uma enorme via com ruas e uma praça cheias de interessantíssimos edifícios, como a Corte de Artur, de monumentos e de outros pontos de atracção. O cais fluvial no rio Motlawa é outro ponto incontornável de atracção e beleza, tanto de dia como de noite. Nele está erigido um enorme guindaste apoiado numa construção de tijolo vermelho. É um belo exemplar medieval deste tipo de aparelhos e é único no mundo. Dois dias em Gdansk pareceram-nos muito curtos, pelo que ficou em agenda para uma próxima visita mais detalhada.

Resta falar da gastronomia. Os pratos são classificados pelos gastrónomos como sendo quase todos de “resistência”. Mas quero sublinhar a sopa zurek. É uma sopa à base de farinha levedada de centeio, natas, batatas e outros produtos. Tem várias versões, mas todas elas incluem salsicha branca e ovo, dentro ou fora. Uma das versões é servida em côdea de pão moldada à moda de caçarola. É uma sopa forte, mas até a minha gastrite crónica me deu tréguas nos dias em que resolvi comer zurek. E em qualquer futura visita à Polónia a sopa zurek há-de estar sempre na minha lista.

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