Fugas - dicas dos leitores

Miriam Lago

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Sol e Pesca, um Cais do Sodré revisitado

O Sol e Pesca teve uma boa transformação, fizeram-se respeitos ao seu passado. Antes de se ensaiarem à visita da Pensão Amor, os turistas ficam fascinados com a muxama de atum, o presunto do mar.

A pensão fica no prédio ao lado, já não recebe clientes à hora, as camas e os percevejos transformaram-se num museu-bar. Nunca os percevejos estiveram tão in e desabitaram este lugar, agora local de dança e convívio.

É assim o novo Cais do Sodré em Lisboa, trocou as mulheres fáceis pelo turismo fácil, mas vale a pena passeá-lo e ir ao Sol e Pesca, petiscar um atum regado num fio de azeite. A acompanhar um jarro de vinho simpático anestesiando das chatices da vida, ao som encantatório de uma coladeira.

Aqui dá-se descanso ao fado, que até Santa Apolónia e apanhando pelo caminho os bairros que fazem beiral com o rio não se ouve outra música, o que chega a aberrar. É assim: é um dos bens imateriais (como agora se diz) que esta gente ainda tem para vender.

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