Fugas - dicas dos leitores

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Istambul, a cidade das Águias Negras

Ao percorrer os vários pavilhões, separados por pátios e jardins frondosos, observo os azulejos de diversas tonalidades, as arcadas douradas e o luxo que emana em cada esquina. Nas diversas salas estão expostos talheres, porcelanas chinesas oriundas da Rota da Seda, jóias (aqui está um dos maiores diamantes do mundo), cerâmicas, roupas e algumas relíquias (como os pêlos da barba ou a marca do pé do profeta Maomé), que me transportam à época em que nesta “cidade” dentro de Istambul viviam 4000 pessoas. A pensar nisto, caminho entre rosas cor de sangue até me deter num miradouro com vista para o Bósforo.

Admiro o vaivém das embarcações entre o mar de Mármara e o mar Negro no final de tarde e despeço-me daquela que em tempos já foi a capital mais sumptuosa da Europa. Constantinopla já não existe, mas a sua memória mantém-se, mais vívida do que nunca, no corpo da bela Turquia. Logo à noite, quando embarcar no avião que me levará para longe, guardarei as lembranças deste dia na alma. Todavia, prometo regressar e retomar a descoberta desta linda cidade onde “voam” Águias Negras.

Ana Torres escreve em escreveromundo.com

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