Fugas - dicas dos leitores

João Oliveira

Madrid aqui tão perto

Por João Oliveira

Para nós, portugueses, existe cada vez mais facilidade em visitar a capital da vizinha Espanha. Madrid fica apenas a uma hora de avião de Porto ou Lisboa.

Mesmo de carro, em cinco horas estamos na cidade, podendo aproveitar a possibilidade de desfrutar as paisagens portuguesas e espanholas. A viagem de carro pode ser um pouco maçadora, mas fica-se deslumbrado com as imensas planícies espanholas e os seus tons de dourado que as acompanham, especialmente no Verão. 

Já somo algumas idas a Madrid, três delas sobre rodas. De avião já perdi a conta, por entre idas de propósito ou escalas de avião para outros destinos. A viagem de metro até às Portas do Sol dura cerca de 30 minutos, o que torna possível visitar a cidade entre uma grande escala.

As opções são imensas. Não nos podemos esquecer que Madrid foi capital de um grande Império e a sua imponência nota-se, por exemplo, na arquitectura. Encontramos grandes avenidas, rasgadas por entre majestosos edifícios. Igrejas, palácios, jardins e, aqui e ali, esboços de outras culturas que ficaram na cidade, graças ao relacionamento criado com outras civilizações. 

A capital também chama a si os atributos gastronómicos com as tascas centenárias do centro. Temos mesmo que comer uns bocadillos e beber uma caña para nos sentirmos integrados no espírito desta cidade — faz parte e é, em si mesmo, uma atracção. A efusividade espanhola convida-nos a ficar na rua. Depois de saírem do trabalho, os madrileños ficam a aproveitar o sol de fim de tarde junto a estas tascas e bares do centro da cidade.

Um bom roteiro a fazer na capital começa no Templo de Debod. Este monumento tem cerca de 2200 anos. A entrada é gratuita. É um monumento egípcio e no interior encontramos referências a essa cultura, como esculturas, artefactos e até maquetes. Dados os estreitos corredores só podem entrar 15 pessoas de cada vez. Mas como a visita é relativamente rápida, o tempo de espera é pequeno. O lugar também é óptimo para tirar algumas fotografias, aproveitando o espelho de água.

Em alguns minutos, estamos na Praça de Espanha. No centro do jardim existe um monumento em homenagem a Miguel Cervantes. Se continuarmos na Calle de Bailén vamos encontrar dois dos incontornáveis de Madrid — o Palácio Real de Madrid e a Catedral de Almudeña. A visita ao palácio custa cerca de 11€, mas existem horários gratuitos, fora da época do Verão. As filas costumam ser grandes mas vale a pena visitar as instalações da família real espanhola. Logo ao lado, a Catedral de Almudeña tem uma entrada bem mais modesta — apenas 1€ como donativo. Os jardins de Sabatini, ao lado do palácio são uma boa oportunidade para procurar uma sombra.

De seguida, podemos caminhar pela Calle Mayor e parar para comer qualquer coisa no Mercado de San Miguel. É um mercado típico madrileno, que foi transformado. Aí cada banca serve tapas, pratos, iguarias deliciosas.
Perto do Mercado de San Miguel está a Plaza Maior. A azáfama de turistas é imensa. Por aqui começam-se a encontrar as típicas “tascas” centenárias de Madrid e multiplicam-se as opções para continuar a apreciar a gastronomia. A praça em si também é linda, com imensa animação.

Atravessando umas ruas mais estreitas, chegamos a uma das principais praças de Madrid, se não a mais emblemática — Puertas del Sol. Temos as marcas mais conhecidas e um El Corte Inglés em ruas e ruelas por trás da praça, mais precisamente nas Calles del Carmen e na Calle Preciados. Nela podemos observar um conhecido monumento chamado “O urso e o medronheiro”, um símbolo da cidade. É também em frente à Real Casa dos Correos que está indicado o quilómetro zero, início de todas as ruas de Espanha.

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