Em geral, um quarto em ocupação dupla reserva-se desde 125€ (embora seja mais frequente encontrar valores acima dos 200€).
www.farol.com.PT
Pousada de Cascais
Cascais
A proposta não é apenas para dormir sobre o mar e a marina de Cascais. Passa também por dormir entre sonhos de realeza. Foi aqui que D. Carlos, penúltimo monarca português, celebrou os seus 15 anos à luz da primeira experiência lusa de iluminação eléctrica nesta cidadela e onde mais tarde viria a instalar o primeiro laboratório português de biologia marítima. D. Carlos era um apaixonado pela oceanografia e tal poderá não ser alheio ao facto de ter residido neste Palácio Real, escolhido, a partir de 1870, como estância de veraneio por seus pais, D. Maria Pia e D. Luís I.
Entre os 108 quartos e 18 suites, todos de cores e decoração sóbrias e airosas, há diversas tipologias, fruto da necessidade de adaptar a unidade às estruturas pré-existentes. Assim, há quartos com um pé direito de até 12m e outros que precisaram que as peças de mobiliário fossem pensadas exclusivamente para aqueles espaços. Mas, para melhor sentir a maresia, o ideal será escolher um dos quartos com vista para o oceano, em que um recorte a vidro na parede da varanda funciona como uma espécie de ecrã plano enquanto ainda nos espreguiçamos entre lençóis. A sensação é de se estar a assistir a televisão. O tempo é o real e o programa a vida na Marina de Cascais.
Mas não é apenas nos quartos que podemos encontrar o mar nesta cidadela. No estreito terraço onde se pode tomar um rico e saboroso pequeno-almoço, sentimos o corpo a colar-se às muralhas e é o próprio Atlântico que vem até nós sob a forma de curiosas (e gulosas) gaivotas - o melhor mesmo é não deixar a refeição abandonada.
Uma noite entre as fortificações reserva-se desde 170€, mas nos meses de Verão as tarifas escalam acima dos 200€.
www.pousadas.pt/Cascais
Vila Galé Palácio dos Arcos
Oeiras
São 71 quartos, cinco dos quais, incluindo duas suites, inseridos no edifício do palácio, todos com vista para o namoro incessante entre o rio Tejo e o oceano Atlântico. Incessante e apaixonado. Pelo menos a julgar pelo espumar das ondas, cujo sopro consegue, em certas noites, calar o trânsito da Marginal, atravessar os recuperados jardins por onde conversam os poetas debruçados sobre uma grande mesa e embalar-nos até ao adormecer.
Já o ambiente pelo seu interior varia entre o palácio e a nova ala, edificada para receber este novel cinco estrelas. No edifício original, entre dourados e carmins - onde se encontram a recepção, a biblioteca e o restaurante -, marcam presença peças de mobiliário nobre, pesados reposteiros ou candelabros de mil pecinhas de cristal. Já no resto do hotel sobressaem os brancos, cremes e castanhos-chocolate, postos ao serviço da harmonia e sobriedade.
Neste antigo palácio, onde D. Manuel I, o Venturoso, e sua filha D. Maria ter-se-ão hospedado por diversas vezes para participarem em caçadas na Quinta do Morgadio e assistirem à partida das caravelas rumo à Índia, é imperativo dedicar tempo a dois espaços que se debruçam sobre o azul do mar: a biblioteca, onde uma escada em caracol nos leva a uma pequena sala de leitura, e o piano-bar que se estende por uma soalheira (e convidativa) varanda.
