Um júri composto por sete especialistas em várias áreas (da arquitectura à arte e design) votou entre 48 finalistas e escolheu os três melhores de 2014. O vencedor, revelado na edição de Dezembro da publicação, foi o JK Place Roma, em Itália. Ao pódio subiram também o Ace Hotel Downtown Los Angeles, nos Estados Unidos, e o The Temple Hotel, em Pequim, na China.
Localizado na antiga Faculdade de Arquitectura da Universidade de Roma, o JK Place Roma nasceu em meados de 2013 na capital italiana e foi escolha “quase unânime” entre os “mui viajantes jurados” para vencer a edição deste ano. Em segundo lugar ficou o Ace Hotel Downtown Los Angeles, instalado no Edifício dos Artistas Unidos da cidade norte-americana. Além da decoração, do bar do terraço e da piscina feita em cimento, o júri destaca o restaurado teatro, construído nos anos 1920.
O terceiro galardão de 2014 foi entregue ao recém-inaugurado Temple Hotel, localizado, como o nome deixa antever, num antigo templo budista tibetano de meados do século XVIII. Segundo o painel de jurados, o novo hotel da capital chinesa conseguiu unir a recuperação da “elegância tranquila da arquitectura original” à introdução de “toques modernos, como a iluminação calmante de Ingo Maurer, a instalação de uma clarabóia por James Turrel e uma colecção de arte contemporânea chinesa”.
O único hotel luso que chegou a estas finais foi o Memmo Alfama, situado naquele bairro lisboeta, que se fica pela honra da nomeação. No destaque ao Memmo, a Wallpaper salientava o projecto de interiores, assinado por João Corrêa Nunes e Samuel Torres de Carvalho, além da preservação da fachada original. Erguido “numa antiga fábrica de graxa”, o hotel “é dominado por linhas elegantes em branco neutro e bege, interligadas com arrojada arte de rua e vibrantes salpicos de vermelho", descrevia ainda a publicação.
No início de Setembro, a influente revista de design e tendências anunciou a lista com a meia centena de finalistas ao título de melhor novo hotel urbano do mundo deste ano. Aquela incluía uma grande variedade de conceitos, aplicados em unidades hoteleiras de dezenas de países, dos EUA ao Dubai, passando pela China, Japão, Turquia, Espanha ou Itália. Portugal tinha apenas uma nomeação. De acordo com a revista, todos os finalistas representavam “uma nova geração de hotéis – refúgios auto-suficientes de estilo de vida”.
