Fugas - hotéis

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As férias vão começar, é favor desligar o telemóvel e esquecer a Internet

Por Luís J. Santos

Casa de férias para “desintoxicações digitais” abre portas no Algarve. A dois passos da praia da Arrifana, o convite é para "desconectar para reconectar com a vida real".

“Não é só um negócio, é todo um projecto que envolve mais do que a guesthouse”, garantem à Fugas as fundadoras do Offline Portugal, Bárbara Miranda, 34 anos, e Rita Gomes, 36 anos. Por todo o mundo, sublinham, vive-se essa “overdose” de estar ligado e há uma contracorrente que defende o “desligar”. Nem que seja por momentos.

As duas amigas conheceram-se em Londres, para onde foram trabalhar há seis anos. Ambas de Lisboa, Bárbara é arquitecta e Rita é psicóloga, tendo colaborado em vários projectos de voluntariado na capital britânica. Em Londres, tal como acontece hoje em dia por grande parte do mundo, vê-se como “as pessoas são extremamente dependentes das tecnologias, com toda a gente agarrada ao telemóvel”. “Na rua, nos transportes, nos restaurantes e bares, mesmo quando estão com amigos ou família – é assustador”, afirmam na apresentação do projecto. E, “cada vez mais, todas as relações sociais começam online”. “Os smartphones começaram a controlar a vida das pessoas, incluindo as nossas!”, dizem. Foi, até por sentirem “uma necessidade própria”, que decidiram ser “preciso um grito de alerta”. 

Inicialmente pensaram criar um projecto que se pautasse pelo offline em Londres mas como tinham também a vontade comum de voltarem para Portugal, adaptaram o projecto, aproveitando, inclusive, um programa governamental de apoio financeiro ao regresso de emigrantes (os resultados saíram há poucos dias e o projecto foi contemplado com um apoio de 20 mil euros). Deixaram os empregos de Londres para trás e, quando surgiu a oportunidade de um espaço no Vale da Telha, que já estava preparado para turismo bastando ser renovado e adaptado, nasceu a Offline House, uma casa de férias onde se advoga o “digital detox” e que começa a receber hóspedes a 25 de Março.

É certo que não há bloqueadores de rede – na verdade, aqui a rede é até “muito boa” –, nem pelo espaço se verão sinais de Proibido Telemóvel mas toda a casa e ambiente estão criados para que os hóspedes entrem na linha da desintoxicação digital. “Quando fazem o check-in, temos cacifos próprios para que os hóspedes deixem o telemóvel ou o computador”. As chaves ficam com os hóspedes, “claro”, mas o conselho é de se “quiserem ou precisarem”, só usarem os aparelhos “fora da casa”.

Porque a ideia aqui é mesmo “desconectar para reconectar com a vida real” e deixar o mundo digital para antes ou depois. Na verdade, Bárbara e Rita não têm nada contra as redes, muito pelo contrário, até porque é nelas que publicitam o projecto e é através delas que chegam as reservas. São é contra a “overdose” e, portanto, defensoras destes “intervalos” de desconexão.

Para ocupar o “tempo real”, há muitas sugestões, na casa e em redor, ou não estivesse a Offline House perto da praia da Arrifana, em Aljezur, no Algarve e a dois passos do Alentejo, na região abrangida pelo Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Com uma longa linha de belas praias mesmo ao lado, um dos pilares destas férias unplugged é o surf, mas há também propostas de yoga e meditações, música e dança, festas e barbecues, caminhadas e passeios, workshops e provas de vinhos, filmes e jogos. E poderá até haver outras actividades em colaboração com parceiros locais, como um vizinho pescador que fará o jantar e vai ensinar a cozinhar.

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