Em todos os quartos a tecnologia não é esquecida, muito pelo contrário. Acesso à Internet de alta velocidade, carregadores duplos de USB, televisões HD, Apple TV e sistemas de streaming, sendo possível aos hóspedes ligarem os dispositivos móveis à televisão e aos speakers via Bluetooth.
Da entrada para os pisos superiores, quer vá de elevador quer vá de escadas, não conseguirá fugir a uma experiência proporcionada, uma vez mais, pela tecnologia associada ao craque português e ao mundo futebolístico. O simples acto de subir as escadas pode transportá-lo para um estádio de futebol – isto se escutar com atenção. Vai reparar que a cada passo se ouve a euforia dos adeptos do campo activada através de sensores nos degraus da escadaria.
Para os mais preguiçosos, o elevador, além de viajar andar acima, andar abaixo, viaja também no tempo. Através de um painel touchscreen podemos visitar a infância de Ronaldo, passando depois pelos vários clubes onde o jogador já actuou, acabando no presente 2016.
A decoração esteve a cargo de Jaime Morais, arquitecto brasileiro que já trabalhou com o grupo Pestana em vários projectos, incluindo a Pousada de Lisboa, a dois passos deste novo estabelecimento hoteleiro.
Brevemente, a cadeia de hotéis vai lançar uma aplicação onde será possível fazer reservas, consultar informações e adquirir serviços extra referentes ao hotel, como é o caso dos passeios em tuk tuk ou os serviços de concierge.
No que à comida diz respeito, não espere o habitual menu divido por “entradas”, “pratos” ou “sobremesas”. A ementa vai estar organizada segundo produtos, para que a refeição funcione numa lógica de partilha – mais um piscar de olho aos millennials.
A cozinha é conduzida pelo chef Rui Martins (que assinava a carta do Hotel Pestana Vintage, no Porto) com a ajuda da norte-americana e sub-chef Melanie. “Vamos trazer o que de melhor se faz em Portugal para a mesa. Vão encontrar coisas completamente banais, mas feitas com muita dedicação”, refere Rui Martins.
A vontade de preservar a típica gastronomia portuguesa mas, simultaneamente, reinventá-la, é um dos focos de quem está à volta dos tachos para poder servir uma geração jovem e exigente. “O nosso conceito passa muito pela partilha, ser cool num ambiente diferente e com boa comida. A comida tem que ter paixão, atitude e personalidade, por mais simples que seja”, acrescenta o chef.
Embora tenham sido apenas anunciadas quatro unidades hoteleiras (Funchal, Lisboa, Madrid e Nova Iorque), José Roquette também refere que esta será uma parceria para o futuro “no que diz respeito ao crescimento”. “Esta nova marca está a ajudar a que penetremos em novas cidades. Sem ela, não seria tão fácil. Com a marca CR7 já chegámos à final, porque nos dá uma projecção e uma visibilidade acrescida”, conclui José Roquette.