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Lagoa Azul, na Islândia, vai ter um hotel de luxo

Por Fugas

É uma das principais atracções turísticas da ilha e este Outono vai ter mais um motivo de visita (ou de fuga às hordas de turistas). O Moss Hotel & Lava Cove promete “um novo horizonte” de luxo na Lagoa Azul, com hotel, spa e restaurante.

À palavra Islândia cola-se quase sempre a mesma imagem: uma imensa piscina de água azul turquesa entre o negro das rochas vulcânicas, com uma nuvem de vapor quente a transformar turistas em fantasmas de cara coberta de lamas alegadamente medicinais. O spa geotermal da lagoa Azul, a 20 minutos do aeroporto internacional e a uma hora da capital, Reiquejavique, é um dos locais mais visitados da Islândia e paragem obrigatória durante umas férias na ilha. No Outono, nasce o primeiro hotel de luxo junto à estância termal.

Chama-se Moss Hotel & Lava Cove e vai ser construído sobre um fluxo de lava com cerca de 800 anos, localizado na zona sudoeste da lagoa. O novo complexo turístico divide-se em quatro áreas. O Moss Hotel, composto por 62 quartos e suítes de luxo, lounge e biblioteca; o Lava Cove, um spa subterrâneo com salas de relaxamento, massagens e tratamentos e uma sauna com “vista para as águas místicas” da Lava Lagoon, a piscina de água quente privada da unidade, criada numa cavidade vulcânica que “é uma extensão da Lagoa Azul”.

Já o restaurante Moss, onde a “herança culinária local é reinventada pela equipa de chefs”, vai estar dividido entre sala de refeições, um lounge com vista para a paisagem vulcânica, uma “mesa do chef”, onde um menu de sete pratos será “preparado à frente do cliente”, e uma adega construída no interior de uma cavidade vulcânica.

Os quartos dividem-se em cinco tipologias, todos com uma parede de vidro e varanda ou terraço sobre a paisagem. Preços a partir de 916€ por noite (109.000 coroas islandesas).

O futuro complexo turístico promete ser "um novo horizonte de assombro" e uma alternativa de luxo às hordas de turistas que acorrem diariamente à lagoa Azul. O país recebe milhares de turistas por ano, um boom que levou o governo islandês a anunciar na semana passada, em entrevista citada pela Bloomberg, estar a ponderar restrições ao fluxo de turistas, pondo em cima da mesa limitar ou cobrar pelo acesso aos locais mais visitados do país ou criar novos impostos para o sector.

"Algumas áreas não podem simplesmente receber um milhão de visitantes por ano", defendia então a ministra do Turismo, Thordis Kolbrun Reykfjord Gylfadottir. "Se permitirmos mais pessoas em alguns desses locais, estaremos a perder o que as torna especiais - pérolas únicas da natureza que fazem parte da nossa imagem e do que estamos a vender" enquanto destino turístico. "O sector e todos nós temos de ter cuidado para não nos tornarmos vítimas do nosso próprio sucesso."

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