Fugas - Motores

Apenas 150cv para desfrutar

Por Carla B. Ribeiro

Maior e mais leve, menos poluente e com design mais agressivo. A nova geração do Mazda6 chega este mês a Portugal desde 33.980€. Tanto nas versões Sedan como Station Wagon, apenas com o bloco 2.2 diesel de 150cv.

Diminuir peso e reduzir consumos e emissões. Foi a partir destas premissas que se projectou a nova geração Mazda6, com que a marca de Hiroshima pretende, ainda este ano e tendo por base o volume de vendas deste modelo aquando dos lançamentos das duas gerações passadas, “reconquistar 4% de quota de mercado [nacional] do segmento D”.

A ambição surge de braço dado com a política de lançar em Portugal apenas a versão diesel de 150cv com o bloco 2.2, que não deixa créditos por mão alheias: revela-se eficiente em diferentes traçados e o seu comportamento, numa primeira abordagem, denota equilíbrio. O mesmo bloco a debitar 175cv, e por isso bem mais aguerrido, fica para já de fora da carteira de encomendas nacionais, sobretudo devido ao preço superior a que seria proposto. Excluídos ficam ainda todos os motores a gasolina: um 2.0 de 145 e 165cv e um 2.5 de 192cv.

Para conseguir colocar o Mazda6 num lugar competitivo, em consumos e emissões, a nova geração integra a tecnologia Skyactiv — estreada em meados do ano passado com o CX-5 —, que incorpora um conjunto de alterações (aos motores, às caixas de velocidades, ao chassis, às carroçarias) que permitem melhorar desempenhos. Mas também traz uma estreia: o sistema i-ELOOP de regeneração da energia da travagem — a ser usada sobretudo pelos mecanismos eléctricos (rádio, ar condicionado, etc.) —, que permite esticar o tempo de vida da bateria, mas também resulta em menores consumos. De acordo com a marca, o consumo médio, com caixa manual de seis velocidades, andará entre os 3,9 litros do Sedan e os 4,4 litros da SW.

Tal como aconteceu com o CX-5, o design do Mazda6 segue a linguagem Kodo (i.e. a Alma do Movimento), marcada por uma grelha de cinco pontos e por uma nova dianteira com a assinatura tipo asa. Maior do que a geração anterior, o que beneficia sobretudo passageiros traseiros, é o Sedan que se destaca neste aumento (+6,5cm), mas a SW ganha-lhe na capacidade da bagageira (522 litros contra 489 litros).

Nos interiores, sobressai a utilização de materiais que proporcionam conforto, apesar de um certo cinzentismo a contrastar com o rasgo do desenho exterior. A posição do condutor foi analisada para a mais correcta postura e tudo foi pensado para que esteja sempre ao alcance do olhar de quem conduz. Embora o tudo que está ao alcance pareça ser demasiado: muitos botões e botõezinhos que se revelam pouco intuitivos na sua utilização.

Ao nível da segurança, além de ter sido adoptada uma estrutura de absorção de impactos rígida e de terem sido incluídos, de série, airbags frontais, laterais e de cortina, o novo Mazda6 pode abarcar assistente de travagem de emergência, assistente de faixa de rodagem, luzes adaptativas, cruise control (com sistema que mantém uma distância de segurança do veículo precedente até 200 km/h) ou sistema de aviso dos automóveis em ângulo morto.

O Mazda6, tanto Sedan como SW, estará disponível com três níveis de equipamento — Essence (desde 33.980€), Evolve (desde 36.650€) e Excellence (desde 39.150€) —, aos quais poderão ser acrescentados diferentes pacotes de equipamento: Pack High Safety (HS), com sensores estacionamento e bancos dianteiros aquecidos; Leather, que inclui bancos em pele, bancos dianteiros eléctricos, com memória do banco condutor e apoio lombar eléctrico; Pack High Tecknology (HT), com faróis Bi-Xenon e assistente de faixa de rodagem; ou Cruise Pack, que inclui o Mazda Radar Cruise Control. É possível ainda integrar no Mazda6, com equipamento Evolve ou Excellence, uma caixa automática de seis velocidades por mais 3600€.

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