O bloco instável, que se encontrava a uma altura de cerca de 20 metros, foi detectado pela Polícia Marítima durante uma ronda pela costa, disse o comandante da capitania do porto de Lagos. A operação, coordenada pela Administração da Região Hidrográfi ca (ARH) do Algarve, foi feita manualmente por uma equipa dos Bombeiros de Lagos com recurso à técnica de rappel, que consiste na descida por cordas.
Segundo o comandante Cruz Martins, a equipa deslocou-se do topo da arriba, onde estava o bloco de pedra que indiciava instabilidade e, com a ajuda de alavancas, forçou-o até este cair no areal. A intervenção foi feita ao início da manhã, quando a praia tinha pouca gente, tendo antes sido delimitado um perímetro de segurança que vai ser mantido para alertar os banhistas, acrescentou. Em comunicado, a ARH do Algarve diz que prossegue o seu trabalho de observação sistemática da orla costeira da região e apela aos cidadãos para que cumpram a sinalética nas praias com faixas de risco.
Este organismo sublinha que “não é possível evitar todas as situações de risco”, pois há inúmeros factores a ter em conta, desde a intensidade e frequência da acção dos agentes climáticos ao tipo de rocha ou características sísmicas do local. Quanto à praia da Salema, uma fonte da ARH adiantou que, para já, não será feita qualquer intervenção de fundo. “O que se fez foi repor a sinalética com o aviso de perigo que tinha fi cado danifi cada”, disse a mesma fonte. Há dois anos, cinco pessoas morreram na praia Maria Luísa, em Albufeira, devido ao desmoronamento de uma arriba.