O presidente do Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais (IESF) “acabou o mundo” a 11 de Agosto, quando chegou a Israel, “vindo de Juba, capital do ‘novo’ país do Sudão do Sul”, revela. Para trás ficam duas listas de países completas: os 193 reconhecidos pela ONU mais 11 declarados independentes. Mas também muitas histórias para contar: “Desde os acidentes de comboio no Zimbabwe, de carro na África do Sul e na China, de autocarro em Marrocos, até às detenções e prisões na Rússia, Seychelles, Congo, Iémen e Macedónia”.
Diz “andar a viajar desde que nasceu”, mas mais intensamente nos últimos vinte anos. Por esta altura, numa viagem à Bielorrússia “com o primo e amigos de Braga”, perguntaram-lhe quantos países já tinha. E ele, que “nunca tinha contado países”, começou a lista. Mas, segundo João Peixoto, não havia pretensão de percorrer todos os países do mundo. Pelo menos até há dois ou três anos, quando percebeu que faltavam apenas cerca de 30 e se lançou na empreitada.
Escolheu Israel para terminar, porque era aquele que – dos que faltavam – tinha “mais significado”. Pelo meio ficaram o Sudão do Sul (reconhecido pela ONU a 9 de Julho deste ano), a Guiné-Equatorial (onde levou mais tempo para conseguir o visto), o Iémen (onde esteve preso porque pensavam que era um espião, dada a quantidade de carimbos no passaporte), a Índia (o país de que mais gostou) ou o Brasil (onde gostava de viver).
Agora, regressado a Portugal, só quer “descansar”. Mas já existem planos e desejos para o futuro: publicar um livro – que já tem nome registado: “Só sabe quem lá vai” – onde pretende relatar as experiências vividas pelos quatro cantos do mundo; conhecer o Árctico verdadeiramente; ou (re)fazer viagens históricas como as de Marco Polo e Fernão de Magalhães, continuando as aventuras pelo planeta, quem sabe até completar outras listas de nações.
Em breve outro português completará a lista de países reconhecidos pela ONU: Nuno Lobito – que, segundo a listagem do MTP, é o português mais viajado de sempre – tem chegada prevista à Islândia (o único país que lhe falta na lista da ONU) a 11 de Novembro.
