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"Scanners" nos aeroportos já estão regulados pela UE

Por Carla B. Ribeiro

Há novas orientações da União Europeia para determinar o uso de <em>scanners</em> corporais nos aeroportos do Velho Continente e que visam acalmar os receios quanto à invasão de privacidade e aos possíveis malefícios para a saúde que o uso daqueles implica.
Ou seja, nos aeroportos europeus só poderão ser instalados scanners que não recorram a raios-X e os aparelhos não poderão armazenar ou permitir a cópia de imagens. Além disso, a análise das imagens tem que ser feita numa sala diferente do espaço onde o passageiro é sujeito à máquina. E, mesmo cumprindo todos estes requisitos, os passageiros têm o direito de recusar este método de controlo, podendo optar por um processo alternativo de segurança.

O uso dos scanners nos aeroportos popularizou-se nos Estados Unidos após Umar Farouk Abdulmutallab ter conseguido entrar num avião com explosivos plásticos escondidos na roupa interior - a tentativa de atentado, no dia de Natal de 2009, acabou por sair fracassada. Mas na Europa vários governos, nomeadamente o alemão, recusaram-se terminantemente a pôr em prática esta segurança, questionando a invasão de privacidade assim como as implicações na saúde dos passageiros que o uso dos raios-X pode acarretar.

Em Heathrow, no Reino Unido, uma máquina de ondas rádio já anula, desde o Verão, as imagens da fisionomia, recorrendo a bonecos com formas humanas, mas a sua utilidade tem sido questionada, nomeadamente pelo facto destas não conseguirem penetrar em roupas molhadas, o que anula a sua utilidade em dias de chuva, por exemplo.

Já em Hamburgo, onde scanners foram testados ao longo de dez meses em passageiros que se voluntariaram, foram detectadas outras fragilidades, como o facto de o software ser demasiado sensível - até a um vinco nas calças.

ec.europa.eu

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