"Temos de avançar para consolidar o título concedido pela UNESCO (Património Mundial da Humanidade) e é preciso avançar para o restauro de alguns monumentos que estão a degradar-se, para a legislação e expansão da cidade", disse o ministro da Cultura cabo-verdiano, Mário Lúcio, aos jornalistas, sexta-feira, na assinatura dos protocolos.
O presidente do IPAD, Manuel Correia, adiantou que o protocolo permitirá que o gabinete de Siza Vieira discuta o plano com Cabo Verde, de forma a ter-se a percepção da volumetria e de como deve ficar a parte histórica da Cidade Velha, que, em 1462, foi a primeira localidade construída nos trópicos pelos europeus neste caso, pelos portugueses, que descobriram a ilha de Santiago dois anos antes.
Em relação ao Tarrafal - por onde passaram, numa primeira fase, antifascistas portugueses (1936-54) e, depois, nacionalistas africanos (1961-74) -, o protocolo foi assinado entre o Arquivo Histórico de Cabo Verde e a Fundação Mário Soares. Mário Lúcio indicou que o protocolo prevê transferir documentação da Fundação Soares para, com a existente no arquivo cabo-verdiano, se criar o Centro de Documentação do Tarrafal.
"Nós próprios somos um património do mundo e é nessa perspectiva que caminhamos. Os nossos patrimónios são comuns, não são só nossos.