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    O Tarrafal será objecto de um centro de documentação Paulo Pimenta

Portugal e Cabo Verde reabilitam Cidade Velha e preservam memória do Tarrafal

Por Lusa

Portugal e Cabo Verde assinaram dois protocolos destinados a restaurar o património histórico da Cidade Velha (Cabo Verde), e a preservar a memória do Campo de Concentração do Tarrafal, este através de um centro de documentação.
Para a Cidade Velha, 15 quilómetros a oeste da capital cabo-verdiana, Cidade da Praia, os 200 mil euros disponibilizados pelo Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) vão permitir ao gabinete do arquitecto português Álvaro Siza Vieira retomar um projecto de reconversão da Ribeira Grande de Santiago que já devia estar concluído há três anos.

"Temos de avançar para consolidar o título concedido pela UNESCO (Património Mundial da Humanidade) e é preciso avançar para o restauro de alguns monumentos que estão a degradar-se, para a legislação e expansão da cidade", disse o ministro da Cultura cabo-verdiano, Mário Lúcio, aos jornalistas, sexta-feira, na assinatura dos protocolos.

O presidente do IPAD, Manuel Correia, adiantou que o protocolo permitirá que o gabinete de Siza Vieira discuta o plano com Cabo Verde, de forma a ter-se a percepção da volumetria e de como deve ficar a parte histórica da Cidade Velha, que, em 1462, foi a primeira localidade construída nos trópicos pelos europeus neste caso, pelos portugueses, que descobriram a ilha de Santiago dois anos antes.

Em relação ao Tarrafal - por onde passaram, numa primeira fase, antifascistas portugueses (1936-54) e, depois, nacionalistas africanos (1961-74) -, o protocolo foi assinado entre o Arquivo Histórico de Cabo Verde e a Fundação Mário Soares. Mário Lúcio indicou que o protocolo prevê transferir documentação da Fundação Soares para, com a existente no arquivo cabo-verdiano, se criar o Centro de Documentação do Tarrafal.

"Nós próprios somos um património do mundo e é nessa perspectiva que caminhamos. Os nossos patrimónios são comuns, não são só nossos.

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