Foi construído, há 75 anos, para combater na II Guerra Mundial pela Marinha alemã. Mas, quis o destino que dedicasse a maior parte da sua vida a missões de paz. Depois de estar ao serviço do Brasil, foi, em 1961, adquirido por Portugal, para subsituir a antiga "Sagres". Içou a bandeira portuguesa pela primeira vez a 8 de Fevereiro de 1962 e, neste meio século, já viajou o equivalente a 27 voltas ao mundo e visitou 60 países, tendo passado no total 17 anos fora de Lisboa. Ao serviço de Portugal, cumpriu três viagens de circum-navegação e participou em eventos como a regata Colombo, em 1992, nas comemorações dos 450 anos da chegada dos Portugueses ao Japão, em 1993, ou nas celebrações por ocasião dos 500 anos do achamento do Brasil, em 2000.
O navio teve dois antecessores em Portugal com o mesmo nome: um navio inglês que, em meados do século XIX, serviu como navio-escola no rio Douro e um outro navio de construção alemã que foi incorporado como português em 1924.
Desde o dia 4, a "Sagres" está em festa. E assim continuará até dia 12. Hoje, dia em que se assinalaram 50 anos ao serviço da Marinha Portuguesa, o aniversário foi marcado com a cerimónia do içar da bandeira, ao som do hino nacional pela Banda da Armada, presidida pelo ministro da Defesa, Aguiar-Branco. Ao longo destes dias, a "Sagres" foi ainda cenário de programas televisivos ou de rádio.
Esta quinta-feira, dia 9, um momento especial: são lançados vinhos comemorativos da "Sagres" mas que homenageia também os 75 anos de outro ícone, o Navio de Treino de Mar "Creoula". A iniciativa é da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal e de alguns produtores, sendo baptizados com os nomes da "Sagres" e "Creoula" quatro vinhos da região: um tinto, um tinto reserva, um branco e um moscatel roxo.