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(um grupo de funcionárias de hotéis aguardando a chegada de Dominique Strauss-Kahn ao tribunal, em Nova Iorque, a 6 de Junho de 2011)

(um grupo de funcionárias de hotéis aguardando a chegada de Dominique Strauss-Kahn ao tribunal, em Nova Iorque, a 6 de Junho de 2011) Nicholas Kamm/AFP

Nova Iorque cria «botão de pânico» para funcionários de hotel

Por Carla B. Ribeiro

«Botão de pânico» foi o termo usado para baptizar o engenho que passou a integrar as fardas de funcionários de hotéis nova-iorquinos. O The Pierre (onde ocorreu o caso Strauss-Kahn) e o Sofitel já fornecem esta defesa às suas equipas.

Agora, um novo acordo, a entrar em vigor a partir de 1 de Julho, está previsto que qualquer funcionário de hotel que tenha de entrar em quartos ocupados - desde o serviço de quartos até à limpeza - disponha de um mecanismo que sirva "para chamar ajuda imediata em caso de emergência", explicou um porta-voz do sindicato de hotelaria da cidade, John Turchiano, à CNN.

As unidades terão um ano, a partir da entrada em vigor da nova directiva, para encontrar a melhor forma de aplicarem o sistema de segurança. As novas regras surgem depois de dois escândalos relacionados com ataques a funcionárias de hotéis: de Abdel Salam Omar, um banqueiro egípcio detido n+o ano passado e acusado de abusos sexuais a uma funcionária de limpeza do The Pierre, e de Dominique Strauss-Kahn, o antigo director do FMI que chegou a ser acusado de ter violado uma funcionária de limpeza do Sofitel de Nova Iorque (as acusações acabariam por ser retiradas pelo facto de a mulher que o acusava ter sido considerada pouco credível).

Turchiano refere que os casos mediáticos serviram apenas para trazer a discussão à praça pública, uma vez que o comportamento dos hóspedes para com as funcionárias é uma preocupação antiga: "Tem havido exemplos ao longo dos anos de comportamentos inadequados por parte dos hóspedes", admitiu, ressalvando que, embora não sejam frequentes, são "assustadores". Além da introdução de um "botão de pânico", o acordo, segundo o New York Times, prevê um aumento salarial significativo, cobertura total das despesas de saúde e maiores contribuições para o fundo de pensões. O contrato abrange todos os funcionários de hotelaria, excepto os que trabalham para a marca Hilton, com a qual estará a ser discutido outro acordo ainda por divulgar.

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