O executivo regional, segundo o comunicado final, considera que "o elevado potencial patrimonial que este sítio encerra fará com que se torne mais um exemplo da boa preservação e promoção do património náutico e subaquático dos Açores".
Os destroços do navio "Dori" são um dos locais de mergulho mais visitados dos Açores, tendo Jorge Bruno, diretor regional da Cultura, salientado à Lusa que "o turismo subaquático tem um grande potencial".
Neste caso concreto, Jorge Bruno frisou que o local "tem boas condições para se poder observar o que é um navio afundado", acrescentando que existem elementos, como a hélice, a âncora e maquinaria que "são facilmente detetáveis por quem mergulha".
O cargueiro, que participou no desembarque das tropas aliadas nas praias da Normandia, em Junho de 1944, afundou a J6 de janeiro de 1964 a cerca de 800 metros da costa sul de S. Miguel, perto de Ponta Delgada, encontrando-se a 18 metros de profundidade.
O "Dori" é uma cópia idêntica de outros 2.750 "Liberty Ship", construídos entre 1941 e 1945 para reforçar o abastecimento da Europa pelos Estados Unidos, sendo um dos 200 que participou no desembarque aliado na Normandia, que virou o curso da II Guerra Mundial.
"A classificação permite criar condições para preservar o sítio e conservar a biodiversidade que existe naquela zona", salientou o diretor regional da Cultura.
Com a criação deste Parque Arqueológico Visitável, o arquipélago dos Açores fica com dois sítios com esta classificação, juntando-se o de Ponta Delgada ao que já existe em Angra do Heroísmo.