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    O moscatel premiado de Favaios DR
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    Em 2011, o moscatel de Setúbal da casaVenâncio Costa Lima foi declarado o melhor do mundo Miguel Manso
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    Em Favaios Adriano Miranda
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    Núcleo Museológico Favaios, Pão e Vinho DR/CM Alijó

Moscatel português eleito um dos três melhores do mundo

Por Fugas, Lusa

Um moscatel de 1980 da Adega de Favaios foi declarado o 3.º melhor do mundo. É o único português no top 10 do concurso mundial de moscatéis de Montepellier. Mesmo a tempo dos 60 anos da adega e da inauguração do Museu de Favaios

Depois de em 2011 um moscatel luso ter sido declarado, pela primeira vez, o melhor do mundo, este ano é um moscatel duriense de 1980, "doce sem exageros", que acaba de conquistar o 3.º lugar no concurso mundial de moscatéis de Montepellier, França, a que concorrem 232 néctares de 24 países.

Os resultados do Muscats du Monde foram revelados esta semana e o vinho da Adega de Favaios é o único português no top 10, tendo também obtido uma medalha de ouro. A adega, que está a celebrar 60 anos de existência, foi também reconhecida pelo seu Moscatel 10 anos, que levou para "casa" a quarta medalha de ouro consecutiva.

O concurso contou com a participação de um júri composto por 55 elementos que realizaram uma prova cega. Este ano, foram destacados 33% dos vinhos com medalhas no concurso.

À frente do moscatel duriense, ficaram o Vin de Pays de l'Ile de Beauté Muscat Modérato Nectar 2011 e o BTL Lanzarote Moscatel Dulce (Espanha), este último declarado o melhor do mundo.

Além das distinções para Favaios, houve ainda honras para cinco moscatéis da península de Setúbal. O Moscatel de Setúbal - Reserva 2006, da casa Venâncio Costa Lima, que em 2011 foi declarado o melhor do mundo, um feito inédito para os moscatéis lusos, recebeu agora uma medalha de ouro. O mesmo prémio foi ainda para o Malo Tojo Estates 2009. Já a medalha de prata foi atribuída ao SIVIPA 1996, ao moscatel 2010 da Adega de Pegões e ao Reserva António Saramago 2007.


Favaios 1980


O Moscatel 1980 da Favaios , casta "100% Moscatel Galego", é apresentado como denotando "na cor âmbar dourada muito apelativa o seu envelhecimento de mais de 30 anos". Possui um aroma "muito intenso", com "notas de torrefacção", onde se destacam "os aromas a mel, passas e figos secos". "Doce", sim, mas, sublinham "sem exageros". É "encorpado e bastante harmonioso com aromas de boca a lembrar café, cacau e mel".  Tem um teor alcoólico de 16,7% e foram produzidos 14.500 litros. Na loja online da Adega de Favaios, o moscatel 1980 está à venda por 26 euros. Segundo o enólogo Miguel Ferreira, "por si só pode e deve ser degustado de forma isolada" e casa na perfeição "com a variada doçaria conventual".


Museu de Favaios


Mais de uma década após o lançamento do projecto, é inaugurado este sábado o Museu de Favaios, em Alijó. Um núcleo museológico do Museu do Douro que é uma "homenagem, um reconhecimento às pessoas que souberam preservar dois produtos de excelência: o pão e o vinho de Favaios", segundo disse o presidente da Câmara de Alijó, Artur Cascarejo, à Lusa. O Núcleo Museológico Favaios, Pão e Vinho representa um investimento global de 834 mil euros. Numa primeira sala de exposições, o protagonista é o vinho e a casta que está na sua origem: a moscatel galego, fazendo referência ao solo, aos cheiros e cores do favaios. Numa segunda sala, as atenções viram-se para o pão, desde o cereal, à moagem e ao amassar deste produto. 

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