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Ascensor da Bica voltou ao sobe-e-desce

Por Fugas, Lusa

Ícone lisboeta, o Ascensor da Bica, depois de mês e meio parado, voltou a funcionar.

Após uma interrupção no serviço, iniciada a 18 de Junho, o Ascensor da Bica retomou esta quarta-feira a sua actividade. Considerado uma das principais atracções turísticas de Lisboa, o ascensor celebrou (parado) 120 anos em Junho. 

A intervenção, que incluiu as caixas de madeira das cabinas, estava, segundo a empresa, “programada para o próximo mês de Setembro”, mas teve que ser antecipada devido ao facto de “o estado de condição dos rodados ter atingido o limite mínimo de segurança", pelo que não era "possível manter o ascensor em funcionamento por mais tempo”.

De regresso ao seu centenário sobe-e-desce, o ascensor, informa a Carris, poderá ter ainda a sua circulação afectada: poderão existir alguns "condicionalismos" e "perturbações" de circulação "devido às intervenções de requalificação urbana da zona envolvente" que estão ainda a decorrer.

Entretanto, também o acesso ao piso superior do Elevador de Santa Justa (miradouro) se encontra "temporariamente encerrado" devido "a obras de melhoramento das estruturas". O encerramento deu-se no dia 24 de Julho e deverá prolongar-se até 10 de Agosto.

 
O Ascensor da Bica
Instalado na rua da Bica de Duarte Belo, o funicular, concebido pelo engenheiro português Raoul Mesnier du Ponsard para ligar o Largo do Calhariz e a Rua de São Paulo, foi inaugurado a 28 de Junho de 1892. 
 
Propriedade da Companhia de Carris de Ferro de Lisboa, é considerado o mais típico dos ascensores de Lisboa e aquele cujo percurso é mais belo e pitoresco, por atravessar o histórico Bairro da Bica, razão pela qual foi cenário de alguns filmes rodados em Lisboa e também de videoclips musicais.
 
Com capacidade para transportar 23 passageiros, o ascensor começou por ser movido pelo sistema de contrapeso de água e, em seguida, pelo de ‘tramway-cab’, mas em 1896 passou a mover-se a vapor e em 1914 procedeu-se à sua electrificação.
 
No mesmo ano, sofreu um grave acidente e esteve parado durante nove anos, até 1923. Em Fevereiro de 2002, foi reconhecida pelo Estado a sua importância histórica e cultural e foi classificado como Monumento Nacional.
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