Fugas - notícias

  • Nelson Garrido
  • Hostel Prime
    Hostel Prime DR
  • Hostel Prime
    Hostel Prime DR
  • DR
  • Vimaranes
    Vimaranes DR
  • Vimaranes
    Vimaranes DR
  • Vimaranes
    Vimaranes DR
  • Guest House
    Guest House DR
  • Guest House
    Guest House DR

Novos hostels compensam falta de hotéis em Guimarães

Por Samuel Silva

Dos três novos hotéis de quatro estrelas previstos, só abriu um, neste ano de Capital da Cultura. Mas a cidade também assistiu, em apenas seis meses, à abertura de cinco hostels. Que até podem ser de mais.

Apenas um dos três hotéis com abertura prevista para este ano em Guimarães está já em funcionamento. Os processos das restantes unidades acabaram por se atrasar, devido a problemas na obtenção de licenças. A abertura de cinco novos hostels acabou por reforçar a oferta em ano de Capital Europeia da Cultura (CEC).

Na preparação da Guimarães 2012, os responsáveis autárquicos tinham apontado a escassa oferta hoteleira de 1300 camas como um dos problemas a resolver. Há ano e meio, anunciava-se a abertura de três novas unidades hoteleiras na cidade, todas de quatro estrelas, mas apenas uma está hoje em funcionamento, o Open Village, contíguo a um complexo de treinos de ténis.

Já o hotel do antigo presidente do Vitória de Guimarães, Pimenta Machado, na Praça do Toural, tem a abertura atrasada. Esta unidade de 18 quartos está pronta desde Março, mas a inauguração foi adiada para o último trimestre do ano, enquanto decorrem testes de ruído para a obtenção da licença de utilização. Ainda a braços com atrasos no licenciamento está também o Hotel das Artes - em frente do Centro José de Guimarães -, que se encontra em obras, depois de alguns atrasos na fase inicial de projecto. Com estes três hotéis, estimava-se que fossem acrescentadas cem camas à oferta local, mas apenas metade disso foi conseguido nas unidades hoteleiras tradicionais.

A compensação acabou por chegar por via da abertura dos primeiros hostels da cidade. Em seis meses abriram cinco unidades deste tipo, que totalizam 137 camas.

A abertura do hostel Vimaranes, na zona de Couros, "não teve nada a ver com a CEC", mas com a necessidade de encontrar um novo emprego e a familiaridade com este conceito, diz a proprietária, Teresa Novais. Mas a Capital da Cultura acabou por ser "uma ajuda" na altura de lançar o empreendimento.

"A CEC foi a nossa janela de oportunidade", concorda Francisco Araújo, proprietário do Prime, próximo do Centro para os Assuntos da Arte e da Arquitectura, uma unidade inaugurada, sem coincidência, um dia antes da abertura do evento. Com 36 camas, é dos maiores hostels da cidade.

Já o Guest House, na Alameda de S. Dâmaso, tem apenas três quartos, mas com uma kitchenette como mais-valia. Abriu em Abril, num investimento de três jovens que, não sendo de Guimarães, viram na CEC uma oportunidade de negócio. O resultado tem sido "positivo", diz Lurdes Fernandes, uma das proprietárias.

Mas com tanta oferta sentem-se os efeitos da concorrência. "Apesar de ter boas taxas de ocupação, quando abri pensava que ia estar sempre cheio", confessa Francisco Araújo. Daí que se questione se todos estes hostels vão ter capacidade para se manterem abertos depois da Guimarães 2012. Teresa Novais arrisca uma resposta: "Durante dois ou três anos, a cidade vai manter alguma dinâmica. Depois disso, tenho dúvidas".

--%>