Os franceses da Vinci foram os escolhidos, de entre um lote de quatro candidatos, para comprar a ANA, anunciou o Governo. A decisão foi tomada nesta quinta-feira em Conselho de Ministros, deixando para trás a alemã Fraport, o consórcio que juntava a suíça Zurich Flughafen, os brasileiros da CCR e o fundo de investimento GIP e, finalmente, os argentinos da Corporación América, que concorriam com duas empresas portuguesas: Sonae Sierra e Empark. A oferta do grupo francês foi de 3080 milhões de euros, sendo a mais elevada das propostas finais..
Os novos donos da empresa, que terão de pagar no imediato um sinal de 100 milhões de euros para garantir que avançam com a operação, ficarão com a concessão dos aeroportos portugueses por um período de 50 anos. A Vinci ficará com 95% da ANA, não podendo desfazer-se do capital durante cinco anos. Os restantes 5% serão reservados para os trabalhadores. O contrato será assinado no início do próximo ano.
A Vinci é uma empresa francesa que opera no sector da construção e das concessões, tendo interesses em diversas áreas, das redes rodoviárias (é accionista da Lusoponte, concessionária das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril) a estádios de futebol. Actualmente, gere 12 aeroportos (nove em França e três no Camboja), que movimentam no conjunto 8,5 milhões de passageiros por ano.
A decisão acontece uma semana depois de o executivo ter optado por suspender a privatização da TAP.
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