A edição deste ano do INOV conta, pela primeira vez, com a parceria do Turismo de Portugal o que permitiu aumentar em 50 o número de estágios oferecidos. Segundo comunicado do Turismo português, os participantes serão colocados "em cerca de quatro dezenas de empresas prestigiadas em áreas como a hotelaria, transporte aéreo, eventos, gastronomia, agências de viagens, imobiliário e outros serviços e actividades turísticas" - como exemplos, são dadas as empresas internacionais Crowne Plaza, Bulgari ou Sands China e empresas portuguesas como Pestana, Vila Galé ou TAP. As empresas estão "localizadas em alguns dos principais mercados internacionais de Portugal (Reino Unido, Alemanha, Espanha, França ou Itália) e com grande potencial de crescimento (como os EUA, Brasil ou China)".
Entre as entidades envolvidas estão também as equipas do Turismo de Portugal no estrangeiro (nomeadamente no Reino Unido, Alemanha e Escandinávia), sendo que, "neste caso, os estagiários estarão concentrados em desenvolver um projecto comum para identificar oportunidades turísticas para Portugal junto do segmento sénior desses mercados", refere o Turismo em comunicado.
Em declarações aos jornalistas, à margem da cerimónia de assinatura do protocolo realizada na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril, na quarta-feira, o presidente da AICEP, Pedro Reis, adiantou que cada estágio custa 12 mil euros, sendo que 52% é financiado por fundos comunitários e os restantes 48% pelas duas entidades promotoras. "É um grande investimento do Estado português, mas não tenho dúvidas nenhumas que é um investimento bem aplicado, porque estamos a aplicar no melhor que nós temos que são as nossas futuras gerações", sustentou Reis.
Ao programa global INOV Contacto concorreram 3300 jovens, tendo sido escolhidos 300. No total, serão colocados em mais de 200 empresas, entidades e missões diplomáticas, de 43 países diferentes.
Entre eles, Jorge Brasil e Laura Silva, que ainda não tinham o destino definido. Mas ficaram muito satisfeitos por terem sido aceites, segundo comentaram à Lusa, e vêm esta como "a única" oportunidade de arranjar um emprego.
"Estou desempregada há um ano e, infelizmente, esta foi a única saída que encontrei para poder fazer carreira na minha área, que é a engenharia eletrotécnica", disse Laura.
Também Jorge teve as mesmas motivações e vai fazer de tudo para que o estágio corra bem e seja contratado pela empresa. "Já não penso em voltar. Quero ir, fazer um bom trabalho e poder ficar. Lá fora é que estão as oportunidades", concluiu o jovem.
