No seguimento do terceiro incidente a bordo de um Dreamliner em pouco mais de uma semana, diversos reguladores aéreos, incluindo norte-americanos, japoneses, indianos e europeus, suspenderam os voos com aviões deste modelo da Boeing.
A Administração Federal da Aviação norte-americana (FAA, na sigla em inglês) anunciou, na madrugada de quinta-feira, que todos os Boeing 787, os Dreamliner, controlados por operadores dos EUA, país onde está sedeada a construtora, estão proibidos de voar. A suspensão, escreve o jornal "The New York Times", irá vigorar até que o regulador norte-americano consiga identificar a origem dos incidentes com as baterias deste modelo da Boeing. Nos EUA, apenas a United Airlines tem o Dreamliner ao seu serviço.
Por todo o mundo, outros países decidiram também suspender os 787, casos do Japão - onde foram registados três problemas de segurança em menos de uma semana -, Polónia, Índia, Chile ou Qatar.
Actualmente, existem 49 Dreamliner em operações, mas a Boeing tinha, segundo a empresa, mais de 800 aparelhos encomendados para os próximos anos.
O Dreamliner, tido como a “jóia da coroa” da empresa, é o primeiro a ser construído sobretudo a partir de materiais de carbono. Mas o aspecto mais “revolucionário” é o facto de consumir 20% menos do que uma aeronave de tamanho comparável. O valor de cada aparelho anda à volta de 155 milhões de euros, podendo transportar, conforme modelo e rotas, até 290 passageiros.
Actualmente, é utilizado pelas companhias ANA (a que tem mais ao serviço, 17) e JAL japonesas, United Airlines (EUA), Air India, Ethiopian Airlines (que ainda não tinha suspendido voos - tem quatro 787), a polaca LOT, a chilena LAN e a Qatar Airways. Mas companhias por todo o mundo estão em lista de espera para receber o seu Dreamliner.
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