Já foi lançado o concurso público internacional para a terceira fase da alimentação artificial das praias da Caparica, iniciada em 2007, confirmou à Lusa o presidente da junta de freguesia local, António Neves.
Nesta intervenção, explicou o autarca, além da deposição das areias nas praias da Saúde e de São João, serão ainda colocados "uns tubos cheios de areia, fora da praia, para que a retenção de areias seja mais consistente do que aquilo que tem sido até à data".
"Esperemos que o mar não seja tão agressivo este ano e que tenha alguma bondade para com a Costa da Caparica e que em julho se possa fazer a obra por forma a garantir a segurança de pessoas e bens e manter a defesa costeira que ali se encontra devidamente consolidada", referiu Neves.
As obras, que implicam a distribuição de enormes tubos pelos areais, vão decorrer, à semelhança de anos anteriores, entre Julho e Setembro, mas Neves não receia efeitos negativos sobre o turismo. Acaba por ser uma atracção turística, há quem aproveite os tubos para fazer de cabeceira", comentou.
A intervenção tem de ser realizada numa altura em que as marés são mais baixas e mais calmas porque as dragas (navios que transportam as areias) não suportam ondulações superiores a dois metros.
O reforço da defesa costeira na Caparica, obra estimada em 22 milhões de euros, começou depois de, no final de 2006, o mar ter galgado as dunas, ameaçando o parque de campismo do INATEL, habitações e bares de praia e destruindo o cordão dunar numa extensão de 16 metros.
Situação que não se repetiu nos Invernos seguintes. "Tem havido aqui uma coincidência muito boa": por um lado, o mar "não tem estado tão agressivo como há uns anos" e a colocação das areias e o redimensionamento da defesa aderente - através da colocação de pedras - contribuíram para a protecção das dunas.