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  •  Omar Borkan Al Gala
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A Arábia Saudita não gosta de visitantes «demasiado bonitos»?

Por Fugas

Depois de ter sido noticiado que a Arábia Saudita expulsou três homens por serem "demasiado bonitos", correm na net as fotos de um dos presumíveis culpados pelo "crime" da beleza. Serve de termo de comparação para futuros visitantes...

O caso, que provocou uma tempestade mediática, ocorreu em Riade, capital da Arábia Saudita, durante um muito tracional festival (Jenadrivah) dedicado anualmente à cultura e tradições do país. Durante o evento, terão existido problemas com a beleza de elementos da delegação dos Emirados Árabes Unidos.

Segundo resumia o The Telegraph, citando o jornal de língua árabe Elaph, a polícia religiosa ordenou a expulsão de três delegados por serem "demasiado bonitos". A Comissão para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício (organismo que zela pelo cumprimento da sharia - lei islâmica) terá receado que tivessem demasiado impacto junto do público feminino. Foi, precisamente, a visita ao stand dos EAU - que não estava agendada - de uma artista que terá espoletado a situação. Houve mesmo um comunicado da delegação dos EAU em que se assinalava que a visita da mulher fora apenas uma coincidência.  

A identidade dos homens expulsos não foi revelada e, aliás, permanece desconhecida. Mas eis que surgiu um nome e imagens de um dos possíveis elementos: Omar Borkan Al Gala, fotógrafo, modelo, actor e poeta, segundo o próprio. Al Gala, do Dubai, destacou a notícia da expulsão no seu Facebook e um blogue terá incendiado o rastilho confirmando que ele era um dos "homens demasiado bonitos" expulsos. O própro não confirma nem desmente (e nem meios como o New York Times ou o Telegraph conseguiram um comentário seu).

Enquanto se torna cada vez mais viral na net, o modelo-poeta vai aproveitando o frenesim mediático, publicando no Facebook fotos destinadas a enaltecer os seus dotes - além de frases inspiradoras (sobre a beleza, claro). Confirmando-se ou não que o seu rosto assustou a polícia religiosa da Arábia Saudita, o certo é que a fama já ninguém lhe tira.

O que também se desconhece é se a (muito) conservadora Arábia Saudita vai passar a ter em atenção a beleza dos viajantes...  Porém, para lá do efeito fait divers do caso, é de recordar, tal como a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas sublinha na sua secção de Conselhos aos Viajantes, que "no país vigora o código da lei islâmica que regula todos os aspectos da vida social, económica e religiosa".

Aconselham-se os visitantes a "respeitar escrupulosamente os costumes e usos locais, designadamente a obrigatoriedade para as senhoras de usar em público uma túnica preta, de nome "abbaya" (que cobre o corpo desde o pescoço aos pés)". Além diso, "as senhoras deverão ter consigo um lenço ou véu que possa ser utilizado para cobrir a cabeça" ("a polícia religiosa, localmente conhecidos como "Mutawwa" pode exigir que cubram o cabelo"). Os homens devem "vestir sobriamente, evitando as camisas e calções curtos, sob pena de lhes ser interdita a visita a lugares públicos". Saliente-se ainda que, existe "segregação de género em lugares públicos, havendo em muitos estabelecimentos comerciais, cafés e restaurantes zonas para homens e outra para famílias, incluindo-se nesta categoria as mulheres não acompanhadas".

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