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Pedro Maia

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easyJet quer voar para Açores em 2014 mas sem «restrições» de serviço público

Por Lusa

"O objectivo da easyJet é abrir uma rota diária Lisboa-Ponta Delgada", confirma director comercial da companhia. José Lopes "espera" que a companhia já esteja no próximo ano a operar nos Açores

O director comercial da easyJet para Portugal defendeu esta terça-feira que a companhia aérea “low cost” só poderá voar para os Açores sem as “restrições” impostas pela prestação de serviço público entre o continente e os Açores. 

"Se houver restrições de serviço público o nosso modelo não funciona e isso, logicamente, impedirá que a easyJet possa voar para os Açores, o que não é de todo o nosso objectivo", disse José Lopes, director comercial da companhia, em declarações aos jornalistas, no final de um seminário sobre o impacto das "low cost" no desenvolvimento do turismo, que teve lugar na Universidade dos Açores.

O responsável concretizou que o modelo da companhia aérea assenta num mercado "aberto e livre", o que significa que quando o mercado não está liberalizado o seu modelo "não funciona" e "impede" a operação.

"O objetivo da Easyjet é abrir uma rota diária Lisboa-Ponta Delgada e começar a operar a nossa política de preços para todos os açorianos e turistas que queiram conhecer a região", declarou. Lopes estima que o impacto da entrada da easyJet nos Açores será "similar" ao da Madeira, onde a companhia entrou em 2008 com a rota do Funchal.

"Fizemos com que as tarifas médias praticadas no mercado, como existe concorrência, baixassem 40 por cento, sendo as tarifas médias da easyJet 30 por cento abaixo da média do mercado. É esse mesmo impacto que nós acreditamos que possa haver também nas rotas dos Açores", disse. Também o "conhecimento da marca e a força da companhia por toda a Europa irá também fazer com que o destino Açores seja mais conhecido", defendeu.

O director comercial da easyJet afirma que a "low cost" já "expressou" ao Governo dos Açores o "desejo" de "operar a rota" de Ponta Delgada, explicando "de que forma" o seu modelo "pode funcionar", uma vez que a decisão é "100 por cento política". Lopes "espera" que a Easyjet já esteja no próximo ano a operar nos Açores e que as autoridades competentes tomem uma decisão "até final do ano" no sentido da "liberalização do mercado".

O responsável sublinha que "numa fase inicial" a companhia apenas pretende operar de Lisboa para Ponta Delgada, uma vez que é uma rota "mais densa" e que irá "normalmente desenvolver-se". Segundo os seus cálculos, "longo de um ano, com um voo diário", "a oferta seria de 110 mil lugares". "Com as taxas de ocupação média de 80 por cento da easyJet, podemos estar a falar de mais de 90 mil visitantes", explicou Lopes. Acreditamos que há capacidade hoteleira para acomodar este crescimento", defendeu.

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