A hotelaria nacional registou mais 740 mil dormidas de estrangeiros nos primeiros cinco meses deste ano. Este aumento de 8,4% compensou a quebra sentida no mercado interno. No acumulado, entre Janeiro e Maio, as estadas de hóspedes portugueses caíram 5%, o que significou uma perda de quase 194 mil dormidas.
Dados divulgados esta segunda-feira, 15 de Julho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, nos primeiros cinco meses de 2013, os hotéis portugueses viram o número de estadas crescer 4,3%. Um aumento totalmente suportado pelos turistas estrangeiros, especialmente pelos irlandeses, britânicos e alemães.
Só em Maio, a Irlanda foi responsável por uma subida de 40,8% no número de dormidas. Já o Reino Unido e a Alemanha protagonizaram crescimentos de 22,3 e 21%, respectivamente. No grupo dos principais mercados emissores de turistas, a única queda pertenceu a Itália (10,6%). Mesmo Espanha, que tem registado decréscimos nos últimos meses, subiu 2,5% nas dormidas em Portugal.
O desempenho positivo dos turistas estrangeiros tem compensado as sucessivas quebras no mercado interno. No acumulado deste ano, as dormidas de visitantes portugueses acumulam uma redução de 5%. No entanto, em Maio a tendência inverteu-se, tendo-se assistido a um aumento, ainda que tímido, de 0,8%.
A compensação que está a ser feita pelos turistas estrangeiros sentiu-se em praticamente todas as regiões do país, tendo as maiores subidas nas dormidas sido registadas no Algarve (5,5%) e na Madeira (5,9%). Houve, no entanto, duas regiões que não conseguiram escapar à retracção na procura dos portugueses porque estão muito dependentes do mercado interno. Trata-se do Centro e do Alentejo, que registaram uma diminuição de 3,2 e 3,5%, respectivamente.
Tal como no número de dormidas, também os proveitos globais da hotelaria continuam a crescer, fruto do comportamento do mercado externo. Entre Janeiro e Maio, as receitas subiram 3,4% para praticamente 600 milhões de euros.
