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  • ICNF/RNES/Raquel Gaspar
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Há mais um golfinho-roaz a nadar no Sado

Por Marisa Soares

O Sapal foi avistado pela primeira vez na semana passada e junta-se aos outros 27 membros da população residente.

[ACTUALIZAÇÃO, 19.08.2013: O pequeno golfinho morreu]


Chama-se Sapal e é um recém-nascido, tanto que ainda tem a barbatana dorsal dobrada, depois dos 12 meses passados no útero da mãe. O novo membro da população de golfinhos-roazes do Sado, que conta agora com 28 elementos, foi avistado pela primeira vez na quarta-feira à tarde.

Como nos primeiros meses de vida as crias são protegidas em simultâneo pelas várias fêmeas adultas do grupo, ainda não se sabe quem é a mãe, explica o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), em comunicado. O Sapal foi visto a nadar em frente a uma das embarcações licenciadas para a observação de cetáceos no Sado.

Este instituto lembra que as primeiras semanas são cruciais para a sobrevivência dos golfinhos, pelo que “não é desejável que um grande número de embarcações permaneça nas proximidades do grupo”. O ICNF avisa que as observações de cetáceos, uma das actividades que atrai os turistas ao Sado, na região de Setúbal, devem ser dirigidas a outros roazes nos próximos tempos.

O Sapal, assim baptizado pelos participantes de um concurso lançado pelo ICNF, é o elemento mais novo da população de roazes [Tursiops truncatos] do estuário, a única residente no país. Em 2012 nasceram o Todi, filho da Serrote, e o juvenil Ácala juntou-se ao grupo. Actualmente existem ali 28 roazes, mas chegaram a ser cerca de 50, há duas décadas.

No ano passado desapareceu o Arpão, um dos animais mais velhos do grupo (estima-se que tivesse pelo menos 40 anos). “Nos últimos avistamentos estava quase sempre sozinho e nadava com alguma lentidão”, pelo que não se exclui a possibilidade de ter morrido, admite o ICNF. O Bocage, um juvenil nascido em 2005, também deixou de ser avistado. “É possível que tenha emigrado, situação normal em roazes residentes”, lê-se na nota.

Durante os próximos tempos, o ICNF pede às empresas marítimo-turísticas e aos particulares que respeitem com mais cautela as regras relativas à observação de cetáceos. Por exemplo, manter uma distância de 30 metros em relação ao grupo de golfinhos mais próximo, não ficar mais do que 30 minutos junto ao grupo e não exceder a sua velocidade de deslocação.

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