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    O navio oceanográfico "Almeida Carvalho" ainda a navegar DR/Ocean Revival
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    A imersão do "Zambeze" em 2012 DR/Ocean Revival
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    A imersão do "Zambeze" em 2012 DR/Ocean Revival
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    A imersão do "Zambeze" em 2012 DR/Ocean Revival
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    A imersão do "Zambeze" em 2012 DR/Ocean Revival
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    Mergulhar no parque Ocean Revival DR/Ocean Revival
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    Pela fragata "Hermenegildo Capelo" afundada DR/Ocean Revival/João Relvas
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    Pela fragata "Hermenegildo Capelo" afundada DR/Ocean Revival/João Relvas
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    Pela fragata "Hermenegildo Capelo" afundada DR/Ocean Revival/João Relvas
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    Pela fragata "Hermenegildo Capelo" afundada DR/Ocean Revival/João Relvas
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    Pela fragata "Hermenegildo Capelo" afundada DR/Ocean Revival/João Relvas
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    Pela fragata "Hermenegildo Capelo" afundada DR/Ocean Revival
  • Pela corveta “Oliveira e Carmo” afundada
    Pela corveta “Oliveira e Carmo” afundada DR/Ocean Revival/Augusto Salgado
  • Pela corveta “Oliveira e Carmo” afundada
    Pela corveta “Oliveira e Carmo” afundada DR/Ocean Revival/Augusto Salgado

Vai ao fundo o último navio do parque subaquático do Algarve

Por Fugas, Lusa

O navio oceanográfico "Almeida Carvalho", o último dos quatro navios da Marinha Portuguesa que integram o parque subaquático para mergulho ao largo de Portimão, está preparado para ser afundado este sábado. Há pontos para assistir de terra à operação, viagens de operadores turísticos e transmissão online.

“Está concluída a descontaminação, que decorreu ao longo de cerca de um ano, com a retirada de todas as substâncias nocivas e suscetíveis de contaminarem o meio marinho”, disse à Lusa Alberto Brás, o coordenador operacional do projecto Ocean Revival.

De acordo com aquele responsável, agora fazem-se os preparativos finais, “nomeadamente a colocação dos explosivos, preparativos esses muito bem planeados, pois não pode haver correrias para que nada falhe”.

“A menos de dois dias do afundamento foram colocados os explosivos em quase todos os locais do navio para que tudo corra conforme o planeado, à semelhança do que sucedeu com os anteriores três navios”, sublinhou Alberto Brás.

O navio oceanográfico "Almeida Carvalho" é o quarto e último navio da Marinha Portuguesa a integrar o “Ocean Revival”, parque subaquático para mergulho ao largo de Portimão, na costa algarvia.

Em 2012, foram afundados os primeiros navios, a corveta “Oliveira e Carmo” e o navio patrulha “Zambeze”, sucedendo-se em junho passado a fragata "Hermenegildo Capelo" F481.

O projeto tem um custo global estimado em três milhões de euros e irá criar um recife artificial para dinamizar e explorar o turismo de mergulho no Algarve.

Segundo Alberto Brás, no parque subaquático já foram realizados cerca de 4.000 mergulhos, “o que demonstra bem a importância deste projecto”.

Construído no início da década de 60, nos Estados Unidos da América, o navio "Almeida Carvalho" foi lançado à água em 1964, mas um ano depois afundou-se ao ser atingido por um navio mercante e um guindaste flutuante, motivado pela passagem do tufão “Betsy”. Em 1969 e depois de ter sido resgatado ao fundo do mar, entrou ao serviço da Marinha norte-americana tendo sido baptizado com o nome de “Kellar”.

Adquirido por Portugal, foi incorporado no efectivo dos navios da Armada em janeiro de 1972, ficando afecto ao Instituto Hidrográfico. O navio participou em diversos estudos científicos nas antigas colónias portuguesas em África, e nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, sendo o detentor do maior número de missões quer no apoio à comunidade científica quer ao serviço da Marinha de Guerra Portuguesa.

Em Dezembro de 2002 passou ao estado de desarmamento com vista ao seu abate ao efetivo dos navios da Armada Portuguesa, e no sábado, pelas 13h, vai juntar-se à corveta Oliveira e Carmo e ao navio-patrulha Zambeze.

Os quatro navios foram cedidos a custo zero pela Marinha Portuguesa à Câmara de Portimão, que estabeleceu uma parceria com a empresa Submar, já que o promotor privado não podia receber os navios diretamente da Marinha.

As embarcações ficam submersas a 30 metros de profundidade, assentes num banco de areia ao largo de Alvor, ficando a parte mais alta do navio a cerca de 15 metros da superfície, para não causar impedimentos à circulação marítima.

Ver o afundamento

Os melhores locais para assistir ao afundamento, informa a organização, será nas praias de Alvor ou Dois Irmãos. "A distância da praia ao navio é de aproximadamente de uma milha e meia em linha recta", sendo recomendada a utilização de binóculos. Outra forma de assistir será através das viagens para assistir ao evento que "diversos operadores turísticos locais irão promover". "Neste caso, estando numa embarcação, poderá assistir ao afundamento a meia milha do navio", referem.

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