“Da rua à avenida, do passeio ao beco”, uma selecção das ruas “mais bonitas que encontrámos no mundo”. Este é o mote para a lista das 31 ruas de visita obrigatória elaborada pela edição espanhola de uma das bíblias internacionais das viagens, a Condé Nast Traveler.
Entre a Gran Vía madrilena ou a Rambla de Barcelona, Grande Canal de Veneza, Ocean Drive de Miami, a rua azul de Chefchaouen (Marrocos), a Nerudova de Praga ou a parisiense Norvins, a revista sugere também a passagem pela Ribeira do Porto e a Augusta de Lisboa.
É, aliás, uma fotografia da artéria principal da Baixa alfacinha que serve de capa e porta de entrada a esta lista. Mas, passeando pela fotogaleria, a primeira entrada portuguesa é mesmo pelo Cais da Ribeira. Mais do que uma rua, a Condé Nast deixa-se aqui encantar por toda a zona, em redor da praça e cais.
É nesta “zona mais animada da beira-rio”, como descreve o portal, que “as casas se apinham numa ordem caótica de azulejos e roupa estendida, sobre bares, restaurantes, esplanadas” frente ao Douro”. Nesta zona de vista privilegiada é possível ainda “informar-se das ofertas e travessias das diferentes empresas” de cruzeiros, para “viver o Porto mais fluvial”.
Mais à frente na lista, surge a lusa rua que serve de rosto à galeria, com o arco da rua Augusta a fechar a imagem e o incontornável eléctrico 28 a cruzá-la. "Lisboa tem o encanto do antigo e do novo, da mistura de ambos [os tempos] numa simbiose inigualável", diz a revista no destaque à rua central da Baixa, "um passeio comercial essencial mesmo que não se compre nada". "Ampla, brilhante" é a rua "obrigatória" para "captar toda a essência da cidade". E quer uma "delícia lisboeta"? É passar "sob o seu arco triunfal depois de ter deixado passar um típico eléctrico".
Entre os países que mais se destacam inclui-se ainda o Brasil. Por um lado, sugere-se a rua Gonçalo de Carvalho, em Porto Alegre (que se promove, aliás como a “rua mais bonita do mundo”), onde se tem “a sensação de caminhar sobre as copas das árvores”. Por outro, a rua Manoel Carneiro, no Rio de Janeiro: uma escadaria colorida assinada pelo artista plástico chileno, radicado na cidade, Jorge Selarón (por sinal, o artista foi encontrado morto em Janeiro de 2013, aos 65 anos, numa das escadarias que transformou em frente a sua casa).
A lista continua com sugestões para percorrer ruas de todo o mundo. Para além das referidas, entre outras, segu-se por Neal’s Yard (Londres), Temple Bar (Dublin), Via Margutta (Roma), High Line (Nova Iorque), Petit Champlain (Quebeque, Canadá), Shomben Yokocho (Tóquio, Japão) ou Shan Tang (Suzhou, China). Veja a lista completa aqui.