O cacilheiro Trafaria Praia que a artista plástica Joana Vasconcelos levou à Bienal de Veneza 2013, começa agora a sua vida de cruzeiros no Tejo.
Fonte da empresa DouroAzul, a actual proprietária do cacilheiro, contactada pela agência Lusa, indicou que o barco vai ser inaugurado no dia 25 de Abril e começará a funcionar para o público no dia seguinte.
O antigo cacilheiro da Transtejo, que transportou milhares de passageiros no Tejo, estava desactivado desde 2011, tendo a artista Joana Vasconcelos reconvertido o barco em "pavilhão flutuante" de Portugal para a Bienal de Veneza 2013. Em seis meses, o Trafaria Praia, com capacidade para 120 pessoas, foi visitado em Veneza por cerca de 100 mil pessoas.
A partir de sábado, o cacilheiro vai receber visitas e realizar viagens turísticas entre o Terreiro do Paço e a Torre de Belém, de terça-feira a domingo, encerrando à segunda-feira. Ainda segundo a DourAzul, os cruzeiros vão funcionar de terça-feira a sexta-feira às 11h, às 16h e às 19h, e aos sábados e domingos às 11h, 15h, 17h e 19h. As visitas ao cacilheiro vão funcionar de terça-feira a domingo, das 10h às 13h e das 14h às 19h.
Os bilhetes são gratuitos até aos quatro anos. Para o público entre os cinco e os 12 anos e para os maiores de 65 anos há um desconto de 50 por cento sobre o preço de adulto, que é de seis euros só para visita e de 18 euros para visita com cruzeiro. A inauguração, apenas para convidados, está marcada para sexta-feira, a partir das 14h00.
Depois da exposição de Veneza, o Trafaria Praia esteve em trânsito no mar Mediterrâneo durante três meses, uma viagem que demorou mais do que o previsto pelas paragens em portos intermédios, forçadas pelo mau tempo. Chegou a Lisboa em Março e foi enviado para um estaleiro naval, onde foi alvo de remontagem dos painéis de azulejos retirados durante a viagem, por precaução.
A DouroAzul, empresa fundada em 1993, foi um dos mecenas envolvidos no projecto concebido por Joana Vasconcelos, artista escolhida para representar Portugal na Bienal de Veneza 2013, a convite do então secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas.