Ricardo Carrajola espera que a visita de Garrett McNamara ao Barreiro traga uma "maior visibilidade" à sua associação e à escola de surf, inaugurada em 2013, que lhes permita encontrar "investidores para o projecto", criado com fins sociais, para permitir às crianças e jovens mais desfavorecidas do concelho iniciar-se na modalidade.
Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, enalteceu a iniciativa de divulgar um dos "segredos mais bem guardados da cidade", que irá possibilitar "um aumento do número de praticantes de surf no Tejo", bem como "trazer mais pessoas e projectar o nome da cidade" a nível nacional e internacional.
Jorge Balau, proprietário de uma escola de kitesurf na Costa da Caparica, partilhou as ondas do Barreiro com McNamara. No final, admitiu que surfar no Barreiro com um dos maiores nomes do surf mundial o deixou "ansioso", mas também lhe possibilitou uma "experiência inesquecível", "uma história para guardar e, mais tarde, partilhar com os filhos, ainda pequenos, e os netos que um dia virão".
Para além dos jornalistas, foram mais de cinco dezenas os populares, de idades diversas, que não quiseram deixar de assistir, apesar da hora, 7h, à iniciativa, que levou o surfista havaiano ao Barreiro.
João Ferreira, de 63 anos, admitiu que, inicialmente, não acreditou que fosse possível surfar no Tejo; agora essa descoberta enche-o de "orgulho". Para o barreirense, o facto de as águas serem "cada vez mais limpas" e de nelas se poder "apanhar marisco" e ainda "fazer surf" vai levar "muitas pessoas à Praia do Bico do Mexilhoeiro".
Tomás Carreira, de 13 anos, também não quis deixar fugir a oportunidade de ver o surfista havaiano em acção. O jovem admitiu que, apesar de já praticar há algum tempo surf no Barreiro, a próxima vez que pegar na prancha e entrar no rio vai ser "ainda mais espectacular" por saber que aquelas ondas, geradas num local aparentemente improvável, já conheceram a presença de McNamara, que é para si um "ídolo".
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Editado por Ana Fernandes