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No Barreiro não há ondas enormes, há ondas longas e McNamara andou por lá

Por Tânia Jesus

Desta vez, o surfista havaiano não enfrentou uma parede de água de 30 metros, mas antes um tapete rolante com mais de 100 metros que se criou no Tejo.

Enquanto centenas de pessoas usavam os catamarãs para chegar ao trabalho, Garrett McNamara deixou o mar e experimentou, nesta terça-feira de manhã, a Gasoline, a onda gerada pela passagem dos barcos que fazem o percurso no rio Tejo.

O surfista havaiano, que esteve cerca de duas horas dentro de água, admitiu que a experiência foi "espectacular". "Esperar pelos barcos para poder apanhar as ondas é muito divertido", sublinhou.

O surfista veterano, detentor do recorde de ter surfado a maior onda do mundo, de 30 metros, na Nazaré, explicou que a Gasoline é muito diferente, pois, apesar de ser notoriamente "mais pequena", é "muito longa", sendo este um dos grandes trunfos da onda do Barreiro, capaz de rolar ao longo de 150 metros em potencial máximo.

Garrett McNamara, depois de várias tentativas, nem sempre bem-sucedidas, para surfar a vaga do Tejo, realçou que apanhar ondas na Praia do Bico do Mexilhoeiro não é fácil e que se não tivesse o presidente da Associação Gasoline, Ricardo Carrajola, a dar-lhe "dicas de como se posicionar" teria "sérias dificuldades".

Esta experiência permitiu a McNamara concretizar um sonho antigo - surfar uma onda que quebrasse no rio - e prometeu voltar ao Barreiro.

A iniciativa faz parte do projecto McNamara Surf Trip, apresentado nesta terça-feira no Barreiro, desenvolvido em parceria com o Turismo de Portugal e que vai levar o surfista havaiano a 21 praias portuguesas para produzir um documentário, dividido em 14 vídeos de três minutos, no qual o surfista divulga os seus spots favoritos de surf em Portugal. O público-alvo desta acção promocional do país serão os adeptos estrangeiros desta prática. O documentário, que obrigou a um investimento de 200 mil euros, será lançado no WCT PRO Portugal, que ocorrerá em Peniche entre 8 e 19 de Outubro.

Para João Cotrim de Figueiredo, presidente do Turismo de Portugal, o surf é "uma aposta para continuar", uma vez que Portugal "começa a ser conhecido como um dos destinos mais importantes do surf mundial".

"O surf vai ser para Portugal uma âncora de comunicação e o número de pessoas que se juntaram aqui às 7h da manhã para assistir à iniciativa demonstra o interesse que a modalidade já desperta", destacou Figueiredo.

Um segredo para partilhar
Ricardo Carrajola, presidente da Associação Gasoline, admitiu que descobrir que era possível surfar no Tejo foi fruto de "um trabalho de persistência" feito ao longo de dez anos, durante os quais estudou "as marés e as ondas". De acordo com o surfista barreirense, a onda perfeita gera-se quando está "maré vazia", é "hora de ponta" dos catamarãs e existe "pouco vento". Para Carrajola, o principal objectivo da divulgação da Gasoline é "partilhar com toda gente o segredo do Tejo". "Existem coisas que só fazem sentido quando são partilhadas", salientou.

A prestação de Garrett McNamara foi, para o presidente da Associação Gasoline, "excelente", sobretudo porque "foi a sua primeira experiência" no Tejo e o posicionamento indicado para surfar a onda gerada pelos barcos que fazem a travessia do rio é "bastante diferente do mar".

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